Descrição de chapéu Governo Biden

Biden quer reverter os cortes fiscais concedidos por Trump aos mais ricos

Plano de US$ 1,8 trilhão será financiado com fim de benefícios fiscais adotados por Trump

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Washington | AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deseja reverter os cortes fiscais que seu antecessor Donald Trump concedeu aos mais ricos para financiar um plano de gastos para beneficiar a classe média, informou nesta quarta-feira (28) uma fonte do governo.

Biden aproveitará discurso no Congresso programado para esta noite para revelar seu "Plano para as Famílias Americanas", de US$ 1,8 trilhão, que será financiado com o fim de benefícios fiscais adotados por Trump e das brechas que permitem aos mais ricos pagar menos, afirmou a mesma fonte.

"O presidente vai propor uma série de medidas para assegurar que os mais ricos paguem os impostos correspondentes, resguardando ao mesmo tempo que ninguém que receba menos de US$ 400 mil por ano sofra um aumento de impostos", afirmou um alto funcionário do governo, que pediu anonimato.

O plano vai exigir a aprovação de um Congresso dividido, com uma leve maioria democrata, mas que não garante a tramitação dos projetos.

Homem grisalho de terno azul aponta em direção à câmera
Joe Biden, presidente dos EUA - Brendan Smilwski/AFP

Um dos eixos é o investimento na edução da pré-escola, creches, ensino superior e outras questões pontuais que, segundo o governo, representam a base para a reconstrução da classe média do país.

O projeto vislumbra um corte fiscal de US$ 800 bilhões para as pessoas de baixa renda, além de um US$ 1 trilhão para investimentos.

Para o alto funcionário, o plano vai gerar uma "economia forte e inclusiva para o futuro".

Para o governo, o objetivo dos cortes fiscais é reduzir a pobreza infantil e diminuir o preço das creches, para permitir que as mulheres permaneçam na força de trabalho.

Desta maneira seria formada uma "força de trabalho mais ampla, mais produtiva e mais saudável".

O plano provavelmente será rejeitado pelos republicanos no Congresso, mas a Casa Branca acredita na aprovação com o potencial apoio e pressão dos eleitores.

Com a reforma, os mais ricos pagariam uma taxa de imposto de renda de até 39,6%, o que acabaria com o corte aprovado por Trump.

O plano também pretende acabar com as brechas e isenções fiscais para a renda de capital, o que permitirá arrecadar bilhões de dólares, segundo a Casa Branca.

Para o governo, a medida será suficiente para pagar os quase US$ 2 trilhões de gastos do programa de 15 anos, que pretende, segundo a administração democrata, tornar o país mais justo.

"Estas reformas pretendem fundamentalmente tornar mais justo o código fiscal", disse a fonte da Casa Branca.

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