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Vacina ajuda na recuperação e pior já passou, dizem companhias aéreas dos EUA

Número médio de passageiros tem nível mais alto desde o início da pandemia

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Mamta Badkar
Nova York | Financial Times

As companhias aéreas dos Estados Unidos adotaram um tom otimista na quinta-feira (22), dizendo que "o pior já passou" porque a vacinação e o relaxamento das restrições ligadas ao coronavírus estimularam a demanda antes das férias de verão no hemisfério norte.

"Esta crise está longe de terminar... mas não há dúvida de que o ritmo da recuperação está se acelerando", disse o executivo-chefe da American Airlines, Doug Parker, no anúncio de ganhos da empresa.

O chefe da Southwest Airlines, Gary Kelly, parecia igualmente animado. "A pandemia não acabou, mas acreditamos que o pior já passou, em termos de gravidade do impacto negativo na demanda de viagens", disse ele.

Aviões do modelo Boeing 737 Max da Southwest Airlines em aeroporto de Victorville, na Califórnia - Mark Ralston - 28.mar.2019/AFP

Mais de um ano depois que as viagens aéreas foram praticamente suspensas pela pandemia, a demanda começa a se recuperar, ajudada pela vacinação.

Em abril até agora, a Administração de Segurança no Transporte dos EUA checou 1,39 milhão de passageiros por dia, em média, o maior número desde o início da pandemia, mas ainda muito abaixo da média de 2,3 milhões no mesmo período em 2019.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, já foram administradas quase 216 milhões de doses de vacina, e 87,6 milhões de pessoas receberam a imunização completa, ou aproximadamente 26,4% da população.

A American previu que sua ocupação será 20% a 25% mais baixa no último trimestre, comparada com o segundo trimestre de 2019 —antes do início da pandemia. Ela também prevê uma queda de receitas de 40%, comparadas com o segundo trimestre de 2019.

A companhia também relatou os primeiros sinais de recuperação nas viagens de negócios. Seu presidente, Robert Isom, disse que alguns dos maiores clientes corporativos da empresa indicaram que "estarão viajando no terceiro trimestre e confirmando sua presença pessoal em reuniões de diretoria, conferências e eventos neste ano".

A companhia queimou US$ 4 milhões por dia em média em março, e as receitas no primeiro trimestre caíram 53% em relação a um ano atrás, para US$ 4 bilhões. O prejuízo líquido no período foi de US$ 1,25 bilhão, ou US$ 1,97 por ação.

"Acreditamos que há uma demanda reprimida importante para viagens de lazer e estamos otimistas sobre o verão de 2021", disse Kelly.

A Southwest espera parar de queimar dinheiro em junho e prevê uma queima entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões por dia no segundo trimestre, contra US$ 13 milhões por dia no primeiro.

Ela relatou renda líquida no primeiro trimestre de US$ 116 milhões, ou US$ 0,19 por ação, principalmente graças a apoio do governo federal à folha de pagamento. A receita caiu 52%, para US$ 2,05 bilhões.

As ações da American ficaram estáveis no pregão da manhã, enquanto as da Southwest subiram 1,5%.

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