Um dos motivos para a forte valorização do bitcoin, que só em 2021 já ultrapassa 100%, em dólar, é o aumento na penetração que as criptomoedas e a tecnologia blockchain vêm conquistando entre grandes empresas e investidores nos últimos tempos.

No Brasil, além da oferta de criptomoedas por meio de bancos e corretoras, já é possível se valer da tecnologia para investir na economia real, como no setor imobiliário.

A plataforma digital Imovelweb, de venda e aluguel de imóveis, anunciou nesta semana uma parceria com a fintech netspaces, especializada na gestão de propriedades digitais, para iniciarem a oferta imobiliária via blockchain.

Por meio do negócio, os clientes poderão comprar parcelas de imóveis disponíveis na prateleira virtual, que serão ofertados via tokens digitais cuja negociação ocorre pela plataforma do blockchain.

Os compradores de parte do imóvel podem escolher entre morar ou alugar a propriedade, nesse segundo caso pagando de aluguel o valor referente ao saldo das parcelas pendentes.

Atualmente, as plataformas oferecem 16 propriedades imobiliárias digitais em Porto Alegre (RS), com um valor médio ao redor de R$ 600 mil. A proposta inicial é que os interessados adquiram 20% do imóvel (cerca de R$ 120 mil), podendo comprar mais uma parte ou todo o restante daqui um ano.

Presidente do Imovelweb, Leonardo Paz afirmou que, embora o projeto-piloto tenha começado na capital gaúcha, os planos da empresa passam pela expansão da oferta de propriedades digitais para outras regiões do Brasil no primeiro semestre de 2022.

"Dessa forma, ajudamos a democratizar o acesso à propriedade privada, proporcionando àqueles que não têm o perfil de crédito padrão para aprovação de financiamentos a oportunidade de adquirir um imóvel sem comprovação de renda e com parcelas flexíveis", disse Paz, em nota.

Segundo Andreas Blazoudakis, presidente da netspaces, o objetivo é oferecer uma nova forma de compra e venda de imóveis. "As propriedades são muito bem localizadas, em edifícios sustentáveis, com automação e serviços que oferecem uma vida prática", afirmou Blazoudakis.

"Neste início colocamos algumas regras para mostrar ao mercado como a tecnologia blockchain e a tokenização funcionam. O objetivo é educar mesmo", disse Tiago Galdino, diretor financeiro do Imovelweb. ​