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Veja onde encontrar juros menores do consignado do INSS

Dos cinco maiores bancos, só Bradesco tem novas taxas; Febraban diz que instituições fazem ajustes internos

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São Paulo

Os juros do crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já começaram a subir, mas o aposentado e pensionista ainda consegue encontrar taxas menores na rede bancária. As novas taxas, de até 2,14% ao mês para o empréstimo pessoal consignado e até 3,06% ao mês para o cartão de crédito, estão valendo desde a última sexta-feira (10), quando foi publicada instrução normativa com os novos índices.

Segundo informações da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os bancos já estão "promovendo ajustes internos em seus sistemas para aplicação das novas taxas". Cada instituição define a partir de quando os novos juros começam a ser aplicados e qual o percentual, que tem como limite o índice publicado pelo INSS.

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Aposentados podem comprometer até 40% do benefício com consignado do INSS - Gabriel Cabral/Folhapress

A Folha procurou as cinco maiores instituições bancárias do país. Apenas o Bradesco já fez ajustes nos índices. Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Santander ainda operam com taxas menores, oferecendo crédito mais barato.

Em nota, a Caixa diz que o banco não promoveu aumento das taxas de juros do consignado do INSS após a publicação da instrução normativa. Quem fizer o empréstimo no banco encontra taxa média de 1,62% ao mês.

Na rede, é possível realizar a portabilidade de contratos e contratação ou renovação de empréstimo consignado por meio de WhatsApp, no telefone 0800-1040104, internet banking, aplicativo, caixas eletrônicos, correspondentes Caixa Aqui, lotéricas e agências.

O Banco do Brasil também informa que não fez ajustes nos juros e segue emprestando dinheiro para aposentados e pensionistas do INSS com taxas menores. "O BB monitora e avalia permanentemente os fundamentos do mercado e a concorrência, sempre no propósito de estabelecer sua política de preços em condições competitivas", afirma o banco. Segundo dados do Banco Central, a taxa média de juros na rede é de 1,60% ao mês.

O Itaú Unibanco é outro banco que ainda não subiu os índices, mas que deve fazer o reajuste nesta quarta-feira (15), aplicando-o "apenas a uma parcela dos novos contratos fechados a partir de então, visto que o índice varia de acordo com o perfil do cliente, seu relacionamento com o banco, valor emprestado e período de financiamento", diz nota da instituição.

Quem contratar empréstimo consignado pelo banco o quanto antes paga juros menores, estimados em 1,74% ao mês, em média, segundo do Banco Central. "No caso de contratos refinanciados depois dessa data, a taxa da dívida original será mantida a mesma, e a nova taxa –que poderá ser de até 2,14%-- será aplicada apenas sobre novas quantias emprestadas. O Itaú também destaca que o consignado continua sendo a opção de crédito com a menor taxa do mercado."

No Santander, os juros seguem menores, mas podem subir nas próximas semanas, diz nota da instituição. Atualmente, os juros médios são de 1,59% ao mês, e variam conforme o relacionamento do cliente com o banco. "A partir das próximas semanas [a taxa de juros] poderá chegar a 2,14% ao mês, segundo a instrução normativa nº 125, que oficializa o novo teto de juros para a modalidade", informa.

O Bradesco informou que já realizou ajustes nos juros do consignado do INSS. Com isso, quem tomar um empréstimo pelo banco paga novas taxas. "O banco já está operando com as novas condições", diz nota. A instituição, no entanto, não detalhou quais são os novos juros. Os bancos podem aplicar juros menores, mas não maiores que o teto estabelecido.

Aumento ocorreu a pedido dos bancos

A alta de 18,9% no empréstimo pessoal consignado, que antes tinha juros de 1,80%, e de 13,3% na taxa do cartão de crédito (antes de 2,70%), foi um pedido dos bancos, após queda nos juros durante a pandemia e um longo período de congelamento. Desde março de 2020, menos de um mês depois de a Covid ter chegado ao país, as taxas do consignado caíram e permaneciam no mesmo patamar.

A autorização para o aumento foi dada pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) na segunda-feira (6). O reajuste foi atrelado a políticas de educação financeira para os aposentados e pensionistas do INSS, que deverão ser custeadas pelas instituições bancárias, mas cujos pontos principais serão debatidos e definidos pelo conselho.

Regras mais vantajosas

Até o final deste ano, o consignado do INSS terá regras mais vantajosas para os segurados. É possível comprometer até 40% da renda mensal com o crédito: 35% para o empréstimo pessoal e 5% para o cartão consignado. Além disso, o parcelamento também poderá ser feito em até 84 vezes.

A partir de 2022, as normas devem voltar ao que valiam antes da pandemia de Covid-19 e o aposentado ou pensionista poderá comprometer até 35% de sua renda mensal com essas dívidas: 30% para o empréstimo e 5% para o cartão de crédito consignado, além de ter que quitar o débito em até 72 vezes.

Os dados mais recentes do INSS mostram que há 195,6 milhões de consignados ativos no país. Somente neste ano, foram fechados 37,8 milhões de novos contatos. Esse tipo de empréstimo é controlado pelo CNPS e toda alteração proposta só é válida se for aprovada pelo conselho.

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