Recorde de dividendos em 2021, quiz da semana e o que importa no mercado

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Quiz: a semana nos mercados

A semana mais curta no Brasil por causa do carnaval teve o noticiário econômico marcado pela guerra na Ucrânia. Faça o quiz para saber se você está por dentro do que aconteceu nos últimos dias:


B3 pode receber R$ 7 bi da bolsa russa

Em um início de ano marcado pelo forte fluxo de dinheiro estrangeiro para a Bolsa brasileira, outros R$ 7 bilhões desses recursos podem vir para ativos nacionais como reflexo da guerra na Ucrânia.

Entenda: a provedora de índices globais de ações MSCI tirou o mercado russo dos índices de referência dedicados aos emergentes. Isso significa que os fundos que seguem essa referência de forma passiva devem tirar seus recursos de lá e alocar em outras economias semelhantes.

Esse movimento traria aos ativos brasileiros R$ 6,7 bilhões, segundo cálculo do Itaú BBA.

Painel de informações dos ativos negociados na B3, Bolsa de Valores brasileira, no centro de São Paulo
Painel de informações dos ativos negociados na B3, a Bolsa de Valores brasileira, no centro de São Paulo - Leo Barrilari - 16.mar.2020/Xinhua

Por que importa: no primeiro bimestre, os estrangeiros entraram na Bolsa com R$ 62,6 bilhões. O saldo representa uma alta de 130% em relação ao mesmo período de 2021.

Com os gringos querendo aproveitar ativos baratos e a alta dos preços das commodities, esse fluxo tem sustentado o avanço do Ibovespa neste ano, na contramão dos principais índices do exterior.

A quinta-feira nos mercados: com o índice de materiais básicos atingindo a máxima desde 2008, o real segue se valorizando. O dólar caiu 1,56%, a R$ 5,03. O Ibovespa fechou praticamente no zero a zero, a 115.165 pontos, sem acompanhar a queda lá fora.

Mais sobre a guerra:


Dividendos recordes em 2021

Puxadas pela Vale, as empresas brasileiras distribuíram dividendos em valor recorde em 2021, segundo relatório da gestora Janus Henderson Investors.

Em números: as companhias do país distribuíram um total de US$ 25,4 bilhões (R$ 128 bi) em dividendos em 2021, ante US$ 9,4 bilhões (R$ 47 bi) no ano anterior.

Quase metade (US$ 12,4 bilhões, R$62 bi) do total distribuído em 2021 veio da Vale. Na sequência vem a Petrobras, com US$ 7,7 bilhões (R$ 39 bi) de lucros repassados aos acionistas.

O que explica: além das duas empresas serem as mais valiosas da Bolsa brasileira, elas surfaram em um momento de alta das commodities em 2021 (nesse caso, minério de ferro e petróleo) e desvalorização do real frente ao dólar, o que ajudou a elevar as receitas das companhias.

O setor bancário, outro conhecido pela grande distribuição de dividendos, também contribuiu com o recorde de 2021 após ter sido obrigado a limitar seus repasses no 2020 pandêmico.

Vem mais por aí: após o montante distribuído no ano passado, a Petrobras já anunciou mais R$ 37,3 bilhões para serem repassados aos acionistas referentes ao resultado do último trimestre de 2021.

A estatal alterou sua política de distribuição no ano passado, quando atingiu com antecedência sua meta de redução de dívida bruta para US$ 60 bilhões (R$ 300 bilhões).


Dê uma pausa

As sanções impostas pelo Ocidente à Rússia em retaliação ao ataque à Ucrânia têm alvos definidos: o sistema financeiro local, os bens do presidente Vladimir Putin e de seus aliados oligarcas.

Entenda: esses bilionários enriqueceram principalmente após a queda da União Soviética, em 1991, e muitos deles apoiaram a chegada de Putin ao poder, há mais de 20 anos.

Para driblar as atuais sanções ou futuras punições, eles têm protegido seu patrimônio, como iates e jatos, em locais sem tratado de extradição com os EUA ou com outros países.

Para entender mais sobre a ascensão de Putin ao poder e o papel dos oligarcas:

  • "The Putin System": documentário francês, lançado há 15 anos, busca traçar o perfil do presidente russo. Demonstra como Putin utiliza as exportações de petróleo e gás como armas geopolíticas para fazer valer sua influência sobre o mundo. No Amazon Prime Vídeo.
  • "Alerta Vermelho" – Como Me Tornei o Inimigo Número Um de Putin: livro de Bill Browder, que iniciou sua trajetória financeira na Rússia logo após a queda da União Soviética. Lá, encontrou casos chocantes de corrupção no país –e passou a expor tudo isso. (Intrínseca, trad. Marcelo Levy, R$ R$ 49,90, 408 págs.).
  • "Once Upon a Time in Russia": The Rise of the Oligarchs" ("Era Uma Vez na Rússia: a Ascensão dos Oligarcas" - Ben Mezrich, especialistas em bilionários, conta os bastidores do crescimento da fortuna dos principais oligarcas russos. Livro em inglês disponível na Amazon (ebook R$ 51).

Além da economia:

  • Café da Manhã: qual é a tática militar da Rússia na invasão da Ucrânia; ouça podcast.
  • GuiaFolha: 'Batman', com Robert Pattinson, estreia nos cinemas; saiba como assistir a 10 filmes do herói.

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