As ações do maior banco da Rússia, Sberbank, voltam a desabar nas Bolsas globais, após a instituição financeira informar que está deixando quase todo o mercado europeu em meio a sanções que o país enfrenta após ter invadido a Ucrânia. A estatal culpa grandes saídas de caixa e ameaças a seus funcionários e propriedades.
O anúncio era previsível após o Banco Central Europeu ordenar, nesta terça (1º), o fechamento do braço europeu do Sberbank.
As ações do banco russo na Bolsa de Londres desabam cerca de 78% na sessão, cotadas a US$ 0,45 (R$ 2,31), após já terem registrado quedas de 80,1% e 74% nos pregões anteriores.
"Por ordem do Banco Central Europeu, a Autoridade Austríaca do Mercado Financeiro emitiu uma decisão hoje proibindo a instituição de crédito licenciada 'Sberbank Europe AG' (...) de continuar suas operações comerciais integralmente, com efeito imediato", disse a autoridade financeira da Áustria, cuja capital sedia o Sberbank europeu.
A notícia veio nesta quarta-feira (2), mesmo dia em que a estatal russa reportou lucros anuais recordes.
Em 2021, o lucro líquido do banco cresceu 64% em relação a 2020, para 1,25 trilhão de rublos (R$ 77,6 bilhões). O banco cancelou encontro com investidores para falar sobre os resultados e seu presidente-executivo, German Gref, disse que o foco agora seria "os novos desafios que a economia russa e o setor financeiro estão enfrentando".
O banco tinha ativos europeus no valor de 13 bilhões de euros (R$ 75,1 bilhões) até o fnal de 2020, e operações em países como Áustria, Croácia, Alemanha, Hungria, entre outros.
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