Recursos estrangeiros saíram das carteiras de mercados emergentes pelo terceiro mês consecutivo em maio, mostraram dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) nesta terça-feira (7), igualando uma sequência de três meses de saques que se encerrou em fevereiro de 2016.
As carteiras de não residentes registraram saída líquida de US$ 4,9 bilhões (R$ 23,4 bilhões) no mês passado, em comparação com saque de US$ 4,5 bilhões (R$ 21,5 bilhões) em abril e entrada de US$ 22,8 bilhões (R$ 109 bilhões) em maio de 2021.
O saldo negativo dos últimos três meses ficou em US$ 17,3 bilhões (R$ 87,2 bilhões), de acordo com os dados do IIF.
A China registrou entrada líquida de US$ 4,7 bilhões (R$ 22,4 bilhões), com US$ 2 bilhões (R$ 9,5 bilhões) direcionados à dívida e US$ 2,7 bilhões (R$ 12,9 bilhões) indo para as ações, mas os dados ainda mostram déficit no acumulado do ano para o país asiático.
Os fluxos de saída de ações de mercados emergentes excluindo a China representaram a maior parte das perdas líquidas em maio.
"O aumento do risco de recessão global está pesando nos fluxos de mercados emergentes à medida que a ansiedade aumenta sobre eventos geopolíticos, condições monetárias mais apertadas, inflação e temores de que riscos maiores estejam se acumulando", disse Jonathan Fortun, economista do IIF, em comunicado.
Os mercados emergentes excluindo a China tiveram perdas líquidas de US$ 9,6 bilhões (R$ 45 bilhões), com US$ 6,1 bilhões (R$ 29,1 bilhões) saindo das ações, segundo o IIF.
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