O presidente Jair Bolsonaro (PL) prorrogou por mais 240 dias o comitê interministerial que realiza estudos sobre a implementação da Usina Termonuclear Angra 3. O decreto permite que esse prazo seja estendido por outros quatro meses.
O governo afirma que os estudos técnicos, financeiros e jurídicos já foram contratados e que, após essas análises serem concluídas, elas serão submetidas ao Comitê Nacional de Política Energética.
Segundo o Executivo, a prorrogação "possibilitará a conclusão satisfatória dos desígnios do colegiado, abrindo caminho para a implementação da usina, estratégica para o desenvolvimento do setor termonuclear no Brasil".
"Como a conclusão dos estudos pelo BNDES demandou mais tempo do que inicialmente previsto, tornou-se necessária a prorrogação do prazo de funcionamento do comitê", afirmou a Secretaria-Geral da Presidência.
A extensão do prazo do colegiado foi publicada em Diário da União extra publicado nesta terça-feira (26).
Iniciada ainda nos anos 1980, a implementação de Angra 3 foi paralisada naquela década e retomada no governo do ex-presidente Lula (PT), em 2009.
Mas o projeto foi suspenso novamente em 2015, após uma das empreiteiras contratadas para a obra admitir irregularidades em meio às investigações da Operação Lava Jato, que descobriu um enorme escândalo de corrupção no Brasil.
Em 2019, Bolsonaro qualificou a usina nuclear, sob responsabilidade da estatal Eletrobras, ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal.
Agora, o presidente prorrogou o prazo de trabalho do colegiado que estuda a implementação da usina.
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