Descrição de chapéu União Europeia

Barry Callebaut, de chocolate belga, diz que Brasil não recebeu produto com salmonela

Fábrica da Bélgica retomou produção nesta segunda (8) depois de interrupção de seis semanas

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Bruxelas e São José do Rio Preto | AFP

O grupo Barry Callebaut, que fornece cacau e produtos de chocolate para a indústria alimentícia, informou que nenhum produto com salmonela chegou ao mercado brasileiro.

Nesta segunda-feira (8), o gigante suíço retomou parte da produção em sua fábrica na Bélgica, considerada a maior do mundo, depois de ter permanecido fechada por seis semanas devido a uma contaminação por salmonela.

A empresa conta com três fábricas no Brasil, duas na Bahia e uma em Minas Gerais, que atuam na produção de cacau e de chocolate. No país, não houve interrupção na produção.

Fábrica da Barry Callebaut em Bruxelas, na Bélgica - Kenzo Tribouillard - 30.jun.2022/AFP

O grupo fornece produtos à base de cacau e chocolate para inúmeras empresas do setor alimentício.

Executivo Comercial Gourmet na América do Sul da Barry Callebaut, Bruno Scarpa afirmou que a fábrica belga reiniciou sua operação depois de detalhado processo de limpeza das linhas e seguindo todos os padrões de qualidade estabelecidos pelo grupo.

"Nenhum produto com salmonela veio ao mercado brasileiro e hoje estamos trabalhando para minimizar impactos com um possível desabastecimento, já que a fábrica ficou fora de operação por algumas semanas para tratar a questão com o máximo de cuidado", disse.

O executivo diz que a empresa ainda estuda se pode ocorrer falta de produtos no mercado. "No entanto estamos confiantes, pois temos bons estoques de produtos e alternativas de substituição para oferecer aos nossos clientes."

Procurada, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) não respondeu até a publicação deste texto.

As marcas Nestlé e Mondelez informaram que não utilizam matéria-prima produzida na Europa, por isso não há risco de as empresas terem adquirido lote contaminado.

Ainda segundo a Nestlé, os derivados de cacau recebidos pela companhia no país são originados, em sua maioria, de suas fábricas no Brasil, localizadas em Ilhéus e Itabuna, não havendo assim impacto na produção. A marca Hershey's não respondeu.

Fábrica na Bélgica retomou operação nesta segunda (8)

Três linhas de produção, de um total de 28, voltaram a operar em Wieze (noroeste de Bruxelas) e a primeira entrega, de chocolate líquido, acontecerá ainda nesta segunda, informou à agência AFP Korneel Warlop, porta-voz da companhia, acrescentando que as demais linhas vão continuar fechadas para limpeza.

"Nas próximas semanas estaremos em condições de iniciar mais linhas com o objetivo de voltar a um nível normal de produção. No entanto, estamos cautelosos, pois o processo de limpeza e higienização está demorando muito", disse o porta-voz.

"Garantir a segurança alimentar e a segurança de nossos funcionários continua sendo a principal prioridade."

A presença da bactéria foi detectada no final de junho em um lote produzido em Wieze, tendo a lecitina como fonte de contaminação segundo a fábrica, que imediatamente interrompeu a produção e bloqueou todos os produtos produzidos após 25 de junho.

No início de julho, a empresa informou que nenhum chocolate contaminado havia chegado aos consumidores ou saído da Europa.

A Agência Federal de Segurança Alimentar "continua monitorando a retomada da produção por Barry Callebaut, que deve garantir que consumidores e clientes comerciais estejam protegidos de qualquer risco", afirmou Warlop.

Com sede em Zurique, o grupo suíço é o número um mundial em preparações à base de cacau e chocolate para inúmeras empresas do setor alimentício.

De acordo com o balanço 2021/2022, suas vendas anuais atingiram 2,2 milhões de toneladas nesse período.

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