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Competição entre bancos e fintechs ficou mais equilibrada com alta dos juros, diz Itaú

'Saímos da defesa', afirma Roberto Setubal, copresidente do conselho do banco

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São Paulo

O aumento dos juros no Brasil e nos mercados desenvolvidos nos últimos meses e o consequente crescimento no custo de captação de recursos pelas empresas tornou a competição entre bancos e fintechs mais equilibrada.

A avaliação foi compartilhada nesta quinta-feira (1º) pelos copresidentes do conselho de administração do Itaú, Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles.

"Saímos da defesa, e sem se descuidar da defesa evidentemente, mas indo para o ataque, para conquistar novos espaços no mercado", afirmou Setubal, durante evento promovido pelo banco nesta manhã.

Roberto Setubal, copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, durante participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça
Roberto Setubal, copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, durante participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça - Ruben Sprich - 24.jan.2015/Reuters

"O jogo ficou mais igual e estamos em condições de competir melhor. É muito fácil você crescer oferecendo preços muito baixos, e, de certa forma, até subsidiados, para atrair os clientes. E, na medida que precisa de resultados, a competição fica mais equânime."

Tendo proliferado no mercado nos últimos anos em um ambiente de juros extraordinariamente baixos e com as pessoas dentro de casa por causa da pandemia, as novas empresas digitais passaram a enfrentar mais dificuldades neste ano, com uma série de fintechs promovendo demissões em massa para se adequar ao novo ambiente de normalização dos juros e retomada da atividade presencial.

Moreira Salles afirmou ainda que, com o aperto nas condições financeiras em escala global, as fintechs passaram a enfrentar um ambiente mais difícil para expandir suas operações, com uma cobrança maior por parte dos investidores para que comecem a entregar resultados no curto prazo, e não mais mirando apenas horizontes de médio e longo prazo.

"Esses novos concorrentes, de fato, têm e tinham uma história muito interessante para apresentar, agora eles têm que se adequar a um mundo mais parecido com o que a gente vive", afirmou Moreira Salles. "Nossa capacidade de competir só se tornou ainda maior, melhor, mais competente, e uma história mais interessante."

Em um cenário de aumento dos juros que favoreceu os resultados das grandes instituições financeiras, o Itaú Unibanco registrou um lucro líquido de R$ 7,679 bilhões no segundo trimestre de 2022, o que corresponde a um crescimento de 17,3% na comparação com igual período do ano passado.

No ano passado, a disputa entre bancos e fintechs chegou a ganhar ares acalorados, com manifestações públicas nas redes sociais de ambos os lados sobre os juros cobrados pelas instituições e eventuais assimetrias regulatórias que favoreceriam as novas empresas digitais do ramo financeiro.

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