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Como cidades brasileiras aparecem em ranking de lugares mais caros do mundo

Rio de Janeiro e São Paulo aparecem juntas na posição 137 em levantamento da EIU

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BBC News Brasil

Nova York (EUA) e Singapura (uma cidade-Estado) são as cidades com o mais alto custo de vida em 2022, segundo levantamento da EIU (Economist Intelligence Unit) que avaliou condições em 172 locais.

A pesquisa deste ano mostra que os preços em moeda local aumentaram, em média, 8,1% nas maiores cidades do mundo —o crescimento mais rápido em pelo menos 20 anos.

Isso reflete "uma crise global de custo de vida provocada pela Guerra da Ucrânia e as contínuas restrições da Covid-19 na China", de acordo com relatório da EIU.

E as cidades brasileiras no ranking? Rio de Janeiro e São Paulo aparecem juntas na posição 137 (em 2021, ambas estavam na 149) e Manaus figura na posição 155 (em 2021, estava na 159). O ranking completo (Worldwide Cost of Living) só é disponibilizado pela EIU mediante compra.

Veja abaixo a lista das cidades do ranking com os maiores e menores custos de vida.

São Paulo ficou na 137ª posição, empatada com o Rio de Janeiro - Karime Xavier/Folhapress

As cidades do ranking com maior custo de vida

  • 1 e 2. Singapura e Nova York (EUA) empatadas
  • 3. Tel Aviv (Israel)
  • 4 e 5. Hong Kong e Los Angeles (EUA) empatadas
  • 6. Zurique (Suíça)
  • 7. Genebra (Suíça)
  • 8. San Francisco (EUA)
  • 9. Paris (França)
  • 10. Copenhagem (Dinamarca) e Sydney (Austrália)
Vários prédios altos, mar e pessoa caminhando em frente à câmera
Mulher caminha por Singapura, com skyline à vista - Edgar Su/Reuters

As cidades do ranking com menor custo de vida

  • 161, 162 e 163. Colombo (Sri Lanka), Bengaluru (Índia), Algiers (Argélia)
  • 164. Chennai (Índia)
  • 165. Ahmedabad (Índia)
  • 166. Almaty (Cazaquistão)
  • 167. Karachi (Paquistão)
  • 168. Tashkent (Uzbequistão)
  • 169. Tunis (Tunísia)
  • 170. Teerã (Irã)
  • 171. Trípoli (Líbia)
  • 172. Damasco (Síria)

Skyline de Manhattan, em Nova York
Skyline de Manhattan, em Nova York - Spencer Platt - 28.mar.22/Getty Images/AFP

É a primeira vez, segundo a EIU, que Nova York fica no topo da lista —empatada com Singapura, que costuma liderar o ranking e está no topo pela oitava vez em dez anos. Em 2021, o topo da lista foi ocupado por Tel Aviv, que este ano aparece em terceiro lugar.

"A combinação de alta renda e câmbio mais forte impulsionou Singapura e Nova York para o topo de nosso ranking em 2022", aponta o relatório. "Uma moeda mais forte e uma taxa de inflação mais alta levaram essas duas cidades a empurrar Tel Aviv para o terceiro lugar."

A pesquisa foi feita de 16 de agosto a 16 de setembro de 2022 e levou em conta os preços de mais de 200 bens e serviços em 172 cidades em todo o mundo. Neste ano, Kiev, na Ucrânia, foi excluída da pesquisa devido à guerra com a Rússia.

O relatório aponta que, globalmente, o maior impacto foi da alta da gasolina. E, neste ponto, o estudo mencionou que no Brasil os preços caíram e que o governo "usou o controle da estatal petrolífera Petrobras para manter os preços baixos e aumentar os subsídios aos combustíveis este ano —mas ainda assim [o governo de Jair Bolsonaro] foi derrotado pelos eleitores nas eleições presidenciais de outubro".

O relatório também destaca a alta de preços de serviços públicos, como eletricidade, além de alimentos.

Para 2023, a EIU diz que "a boa notícia é que os preços podem estar começando a cair em alguns países devido às altas das taxas de juros e à desaceleração da economia".

"A menos que a guerra na Ucrânia se agrave, prevemos que os preços das commodities para energia, alimentos e suprimentos, como metais, provavelmente cairão acentuadamente em 2023 em comparação com os níveis de 2022, embora provavelmente permaneçam mais altos do que os níveis anteriores."

Este texto foi originalmente publicado aqui.

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