O conglomerado do magnata indiano Gautam Adani, 60, perdeu mais de US$ 100 bilhões (R$ 507,1 bilhões) na semana passada, enquanto as ações de várias de suas empresas caíram novamente nesta quinta-feira (2) devido a suspeitas de fraude contábil.
O conglomerado está no centro das atenções desde que o fundo americano Hinderburg denunciou possíveis fraudes contábeis em 24 de janeiro.
A principal empresa do grupo, a Adani Enterprises, caiu 14%, após perder quase 30% na quarta-feira (1º), e seu valor caiu pela metade desde o início do ano.
Outras empresas listadas do império de negócios de Adani interromperam as negociações depois de quedas de até 10% na abertura da Bolsa de Mumbai.
Entre elas está a Adani Total Gas, 37,4% controlada pela petrolífera francesa TotalEnergies, que perdeu 52% desde 1º de janeiro.
O pânico fez com que grandes bancos, como o Credit Suisse e o Citigroup, parassem de aceitar os títulos da Adani como garantia para empréstimos a clientes privados, informou a Bloomberg News.
O próprio Adani garantiu em uma declaração em vídeo que os "fundamentos da nossa empresa são muito sólidos, nosso balanço é saudável e os ativos são robustos".
"Assim que o mercado se estabilizar, revisaremos nossa estratégia de mercado de capitais", disse ele, enfatizando que seu histórico de pagamento de dívidas é "impecável".
O conglomerado Adani está envolvido em todos os tipos de atividades, desde geração de energia e mineração de carvão até cimento, mídia e alimentos.
Suas sete maiores empresas listadas tinham um valor de mercado combinado de cerca de 220 bilhões de dólares em janeiro.
Até a semana passada, Adani, que abandonou a faculdade, era o terceiro homem mais rico do mundo, atrás de Elon Musk, dono do Twitter e da Tesla, e do francês Bernard Arnault e sua família. Mas na quinta-feira caiu para 16º na lista da Forbes.
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