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Aviação americana terá que lidar com uma enxurrada de aposentadorias de pilotos de avião

Mais da metade dos pilotos em atividade nos EUA atingirão a idade de aposentadoria obrigatória, e os mais jovens não os estão substituindo

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A indústria aérea dos Estados Unidos enfrenta um "tsunami de aposentadoria de pilotos" nos próximos 15 anos, que exacerbará a escassez de aviadores no país e impactará diretamente a disponibilidade de voos para passageiros e as tarifas aéreas, disse Faye Malarkey Black, presidente e CEO da Associação Regional de Linhas Aéreas (RAA), perante o subcomitê de Transporte e Infraestrutura da Câmara dos Deputados.

Segundo Black, mais da metade dos pilotos em atividade nos EUA atingirão a idade de aposentadoria obrigatória de 65 anos nos próximos 15 anos, e os pilotos mais jovens não estão substituindo os que se aposentam, relata uma matéria da CNN americana.

Avião no céu - Reuters

O problema atinge todo o país, pois 42 estados agora têm menos serviços aéreos do que antes da pandemia, 136 aeroportos perderam pelo menos um quarto de seus serviços e as companhias aéreas aboliram completamente os voos para 11 aeroportos em cidades menores que se conectam a hubs maiores. Além disso, mais de 500 aviões de companhias aéreas regionais estão parados sem pilotos suficientes para voar, e os que voam estão sendo usados até 40% menos do que no passado.

Com a capacidade limitada e a forte demanda, os preços estão bem acima dos níveis pré-pandêmicos. As grandes companhias aéreas também estão enfrentando a escassez de pilotos e contratando passageiros de companhias aéreas regionais, tornando o problema ainda pior para os passageiros e as cidades que dependem delas.

De acordo com Black, as grandes empresas contrataram mais de 13 mil pilotos em 2022, quase todos de companhias aéreas menores. No entanto, foram necessários 9.500 novos participantes para atender à demanda.

O custo do treinamento de um novo piloto pode chegar a US$ 80 mil, totalizando até US$ 200 mil quando combinado com o custo de um diploma de bacharel. Para dar aos alunos mais pobres a chance de se tornarem pilotos, o grupo de Black pediu ajuda financeira federal, mas o sindicato que representa a maioria dos pilotos de linhas aéreas dos EUA instou o Congresso a não mudar a qualificação dos pilotos e os padrões de treinamento, pois isso comprometeria a segurança.

Enquanto a RAA argumenta que há uma escassez significativa de aviadores, a Air Line Pilots Association (ALPA) contrapôs ao argumento ao dizer que calcula que os Estados Unidos certificaram cerca de 64 mil pilotos de transporte aéreo desde julho de 2013, enquanto as companhias aéreas contrataram para preencher aproximadamente 40 mil vagas.

Black destaca, no entanto, que as companhias aéreas não são o único destino dos pilotos formados, já que há demanda nas empresas de aviação executiva, privada e agrícola, por exemplo. Independente de qualquer coisa e das opiniões contraditórias, o tal "tsunami" de aposentadorias é um fato que precisará ser atacado pelas empresas aéreas dos EUA.

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