A Folha oferece ao assinante, desde maio, o Painel da Inflação, uma ferramenta interativa que mostra a variação de preços de mais de 300 itens em capitais e regiões metropolitanas.
O painel considera todos os produtos medidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que calcula a inflação de bens e serviços no Brasil.
O serviço tem atualização mensal, no dia em que o IBGE divulga os resultados de pesquisa.
Como ler um gráfico de inflação?
Um gráfico de inflação não é um gráfico de preços, mas de variação de preços. Por isso, mesmo que a inflação de um produto caia em relação ao mês anterior, não significa que seu preço esteja em queda, mas sim o aumento dele.
O Painel da Inflação disponibiliza uma série de gráficos que permitem a visualização dessa variação ao longo de meses e anos. Os números são sempre referentes à variação dos preços acumulada em 12 meses.
Se a linha do gráfico ficar abaixo do eixo horizontal, marcado pelo zero, o cenário é de deflação. É quando os preços estão, de fato, diminuindo.
Como usar o Painel da Inflação?
Há três formas principais de usar o painel para obter informações relevantes sobre a inflação. São elas:
1. Inflação em municípios
O painel permite a pesquisa da inflação nas 16 capitais e regiões metropolitanas medidas pelo IBGE. Os municípios podem ser ordenados por maior ou menor inflação, numa espécie de ranking. Assim, é possível saber se a inflação de Belo Horizonte (MG) é maior ou menor do que a de Recife (PE), por exemplo.
Ao clicar em cada cidade, o gráfico exibe o comportamento da inflação nos últimos 12 meses ou desde 2007.
2. Inflação de itens
Outra opção é o filtro por itens (como combustíveis, energia elétrica residencial, tubérculos, raízes e legumes). É possível verificar a variação individual de cada item, bem como a comparação dele com outros produtos. Eles aparecem dispostos em ordem de maior ou menor inflação.
Ao clicar em cada um dos itens, o gráfico mostra a variação nos últimos 12 meses ou no período máximo.
3. Inflação de produtos ou serviços (subitens)
Por último, o usuário pode pesquisar qualquer um dos 377 produtos e serviços (chamados de subitens pelo IBGE) e acompanhar a evolução do seu preço por período ou município.
Por exemplo, além de ver a variação do preço do computador no Brasil, também é possível comparar a inflação do computador vendido em Belo Horizonte (MG) e em São Paulo (SP).
Como o IBGE calcula a inflação?
O painel utiliza dados do IPCA, medido todo mês pelo IBGE, que faz um levantamento de cerca de 430 mil preços em 30 mil locais de áreas urbanas. Os preços coletados são comparados com os do mês anterior. O resultado demonstra a variação geral de preços no período.
Além do índice geral de inflação do país, há nove grupos que agregam itens e subitens. São eles: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.
Dentro do grupo alimentação, por exemplo, existe o item "tubérculos, raízes e legumes", que por sua vez, abarca uma série de produtos: cenoura, batata-doce, batata-inglesa, inhame, mandioca, abobrinha, pepino, pimentão, tomate e cebola.
Metodologia do Painel da Inflação
A Folha coletou os dados do IPCA disponíveis no Sidra (Sistema IBGE de Recuperação Automática), plataforma que reúne informações de pesquisas do instituto. Formatou os dados e calculou o índice mensal acumulado de 12 meses de todos os itens e subitens (alguns não são disponibilizados pelo IBGE devido à mudança periódica da cesta). Alguns nomes foram levemente modificados para melhorar a pesquisa.
A série inicia em 2007 devido à uniformidade do formato de disponibilização dos dados do IBGE. Os dados são atualizados no painel no dia em que o instituto divulga o IPCA.
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