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Pró-reitores da USP estreiam coluna sobre inovação na Folha

Paulo Nussenzveig e Raul Lima falarão sobre exemplos que podem ser seguidos pelo Brasil

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São Paulo

Dois pró-reitores da USP (Universidade de São Paulo) passam a publicar uma coluna mensal na Folha sobre inovação nesta quinta (13).

Intitulada "Caminhos da Inovação", a coluna será assinada por Paulo Nussenzveig, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da USP, e Raúl González Lima, pró-reitor adjunto de Inovação da USP. Os textos serão publicados às quintas-feiras no site da Folha.

Nussenzveig é doutor em física quântica pela universidade Paris IV e professor de física da USP desde 1996. Na universidade, criou um laboratório de ótica quântica. Já foi editor associado do Brazilian Journal of Physics e colunista na rádio USP. Está no cargo de pró-reitor desde 2022.

Os professores Paulo Nussenzveig, de óculos, e Raul Gonzalez Lima - Marcos Santos/USP Imagem

Lima é docente do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli e especialista em engenharia biomédica. Em 2020, coordenou um projeto que desenvolveu e disponibilizou um ventilador pulmonar emergencial, que ajudou pacientes de Covid. Também assumiu uma pró-reitoria em 2022.

Em 2022, Nussenzveig e Lima viajaram ao Canadá e ficaram impressionados com o que viram na província de Ontário, que inclui Toronto. A região criou um polo de inovação robusto, em um projeto que já dura 20 anos e aproximou governo, universidades, empresas, empreendedores e investidores de capital de risco.

"Retornamos obcecados, porque Ontário tem uma população menor do que a cidade de São Paulo", conta o físico. "Estamos em uma corrida mundial de inovação, mas a sensação é que não estamos correndo. A gente mal está olhando".

Escritas a quatro mãos pelos dois professores, as colunas buscarão falar sobre casos que podem servir de inspiração para o Brasil avançar na área.

"Queremos difundir esta agenda [de inovação], mostrando exemplos de outros lugares que a gente possa seguir, adaptar e aperfeiçoar", diz Nussenzveig.

Para ele, o país tem três áreas com grande potencial para investir: biodiversidade, que pode gerar novos remédios, agricultura alimentar e combate à doenças tropicais.

"Entrar para competir em áreas que estamos extremamente atrasados não é uma ideia muito boa, porque vai ser muito difícil tirar o atraso. A gente tem que olhar para as áreas que estão nascendo e onde temos vantagens competitivas muito grandes", defende.

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