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Gol anuncia compensação por lixo dos voos

Parceria vai permitir que volume de resíduos descartados nos trechos seja reciclado em dobro

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Belo Horizonte

A Gol anunciou nesta segunda-feira (18) em Minas Gerais, com uma aeronave em tons verde, a proposta de compensar com reciclagem o lixo produzido em seus 650 voos diários. A medida passa a valer nesta terça (19). A cada quilo de lixo resultante dos voos, o dobro será custeado pela empresa para que seja reciclado.

Com a inscrição "Meu Voo Compensa", o modelo Boeing 737 MAX fez seu primeiro trecho entre o Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, e o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

O serviço de bordo ofereceu alimentos veganos da Fazenda Futuro, empresa especializada em comida plant based. Foram servidos kibes e nuggets feitos com plantas.

avião cor azul ciano da gol em hangar
Avião da GOL com campanha de sustentabilidade apresentado no aeroporto de Confins, em Minas Gerais - Nereu Jr/Divulgação

A expectativa é que a Gol amplie a parceria para oferecer alimentos sem origem animal em seus voos. Não foram anunciados prazos ou quais voos terão comida vegana.

O lançamento da aeronave verde marcou a parceria da empresa com a eureciclo, empresa socioambiental que realiza articulação de recicladores em todos os estados do país.

Ela será responsável pela reciclagem do dobro de volume dos resíduos gerados nos voos da companhia. Para cada copinho de plástico descartado, a eureciclo receberá financiamento para reciclar dois copinhos, por exemplo.

A expectativa é que 1.000 toneladas de lixo sejam reciclados por ano.

Essa é uma das ações realizadas pela companhia para atingir a meta de reduzir a zero a emissão de carbono líquido até 2050.

Entre as metas anunciadas em evento no Aerotech, centro de manutenção da empresa em Confins, está a adoção da mistura do SAF, sigla em inglês para combustível sustentável de aviação, com o QAV, querosene de aviação.

A ideia é que a partir de 2027, quando o Brasil já deve ter uma planta própria de produção, o combustível verde corresponda a 1% da mistura para abastecer as aeronaves.

O percentual deve subir para 5% até 2030. "A utilização do SAF deve equivaler a 64% de todas as reduções de emissão de carbono da companhia, mas é um combustível que carece de desenvolvimento e regulamentação no país", disse o vice-presidente de operações, André Cruz.

Compensação

Desde 2021, a empresa oferece para os passageiros a opção de pagar pela compensação de carbono dos voos, em preços que variam de R$ 7,90 a R$ 30, de acordo com a distância percorrida.

Os valores pagos pelos clientes são encaminhados para a empresa Moss, que investe na preservação de florestas.

Além da opção de adesão voluntária dos clientes, a empresa também oferece duas rotas com carbono neutro: entre Recife e Fernando de Noronha (PE) e entre o aeroporto de Congonhas (SP) e Bonito (MS).

Segundo Felipe Sobrinho, gerente de ESG, sigla em inglês para medidas ambientais, sociais e de governança, a medida já compensou 15,4 mil toneladas de CO2. "É o equivalente a 3.856 hectares de floresta nativa conservados por um ano". Em linguagem de futebol, são 4.674 estádios padrão FIFA de florestas preservadas.

Aeronave foi personalizada para o lançamento da ação - Nereu Jr./Divulgação
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