O CEO da Blackstone, Steve Schwarzman, afirmou que um dos motivos que levam os profissionais a resistirem ao retorno do trabalho presencial é que "não trabalham tão duro" em casa como no escritório.
Schwarzman disse que as pessoas em home office vêm se beneficiando e estão com uma "carga de trabalho mais leve".
O dono da empresa de investimentos e que detém imóveis comerciais explicou que os trabalhadores também economizam dinheiro com deslocamentos, refeições e roupas de trabalho.
Na avaliação do presidente da Blackstone, a situação contribuiu para que os prédios comerciais nos EUA ainda tenham locais vazios sem o retorno total do trabalho presencial.
O executivo avaliou que os prédios de escritórios mais novos estão se mostrando resilientes e a demanda por outras categorias de imóveis, como armazéns, deve manter sua curva de aumento.
Na Blackstone, a expectativa é que todos os executivos e profissionais de investimento trabalhem de forma presencial cinco dias por semana.
A produtividade no trabalho remoto vem sendo alvo de mais pesquisas nos últimos tempos, e parte delas expõem pontos positivos e negativos.
O economista Anthony Diercks, integrante da mesa diretora do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), desafiou a visão predominante dos CEOs de que o trabalho totalmente remoto leva a uma menor produtividade.
Segundo Diercks, grande parte da pesquisa que apoia essa conclusão envolve trabalhadores fazendo entrada de dados, por exemplo, e não deve ser generalizada para todos os profissionais que atuam em escritórios.
O efeito do trabalho remoto na produtividade "depende do indivíduo", disse ele.
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