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Falha em sistema faz iFood atrasar pagamentos a motoboys e restaurantes

Empresa confirma problemas no processamento dos valores e diz que os repasses já foram feitos

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São Paulo

O iFood atrasou o pagamento semanal de entregadores e estabelecimentos parceiros por ao menos 24 horas, segundo relatos de representantes da categoria nesta quinta-feira (29). As falhas foram registradas em São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.

Em nota, o iFood confirma que houve problemas no processamento dos pagamentos feitos por meio de instituição bancária e diz que conseguiu normalizar as operações, realizando os repasses. A empresa afirma lamentar a falha.

O iFood atrasou o pagamento semanal de entregadores e estabelecimentos parceiros após falha em sistema - Danilo Verpa - 03.out.23/Folhapress

O Sindimoto-SP (Sindicato Dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal do Estado De São Paulo) diz que o problema nos pagamentos está acontecendo nos últimos três dias, o que traz um descontentamento para a categoria, especialmente porque os motociclistas precisam arcar com seus custos para trabalhar.

"Há um descontentamento muito grande dos trabalhadores com o iFood, que agora está com atraso no repasse, o que é inaceitável, ainda mais que todo o equipamento de trabalho não pertence à empresa, pertence ao trabalhador, como a moto, equipamento de segurança, o celular. Se você não tiver dinheiro para gasolina, não tem como trabalhar e fazer a grana girar", afirma Gilberto Almeida, diretor presidente do Sindimoto-SP.

"É dever da empresa resolver isso o mais rápido possível", diz ele. Atualmente, o iFood tem cerca de 250 mil entregadores cadastrados na plataforma no país.

Nicolas Souza Santos, secretário da AMMEJUF (Associação dos Motoboys, Motogirls e Entregadores de Juiz de Fora), afirma que este é o segundo atraso nos repasses da empresa.

"Na semana passada, o atraso foi de 8 horas e o dessa semana já tá batendo em 27 horas. Isso fez com que chamados espontâneos de paralisação acontecessem em algumas capitais."

A paralisação, no entanto, não deve ocorrer. Os trabalhadores afirmam estar alertas para se mobilizar contra novas falhas.

Número de trabalhadores ultrapassa 500 mil em dois anos

Estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para o iFood mostrou que o aplicativo teve 537,9 mil pessoas cadastradas como entregadores em algum momento entre outubro de 2021 e setembro de 2022.

A Fipe buscou analisar no estudo os efeitos diretos, indiretos e induzidos da atividade encabeçada pelo aplicativo de entregas e também a posição dos entregadores no mercado de trabalho.

O número de entregadores com perfil ativo no aplicativo ficou, no período analisado, em cerca de 212 mil ao mês. Em média, cada um trabalhou 4,73 meses na plataforma. Juntos, esses trabalhadores receberam R$ 2,41 bilhões, segundo o estudo.

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