Descrição de chapéu carro elétrico

BYD destoa da Tesla, Eve quer concorrer com transporte por app e o que importa no mercado

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Rio de Janeiro

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BYD questiona desaceleração e vê vantagem do Brasil em elétricos

Tyler Li, presidente da BYD no Brasil, não demonstra estar preocupado com a queda na demanda por carros elétricos mundo afora.

Pelo menos não como seus concorrentes –a Tesla, que só perde para a chinesa na produção de elétricos, vai demitir 10% dos funcionários em meio às vendas fracas.

Tyler Li, presidente da BYD Brasil, no Web Summit Rio - Mauro Pimentel/AFP


"Na China, a venda de veículos elétricos está crescendo muito. Neste mês, as entregas chegaram a 50,4% do total de carros. Isso é um marco importante para o mundo" afirmou Li em painel no Web Summit Rio.

  • Como deixar os carros mais acessíveis? (O Dolphin Mini, a versão de entrada da montadora, custa a partir de R$ 115,8 mil).

"Produzimos boa parte das peças dos nossos carros. Por exemplo, mais de 75% do modelo Seal é feito na BYD. No Brasil, temos tudo, o couro, o cobre, o alumínio, todas as matérias-primas. Assim que tivermos todas as peças de reposição prontas no país, podemos reduzir muito o custo".

A empresa pretende investir R$ 3 bilhões no complexo industrial de Camaçari (BA), que pertencia à Ford, onde espera iniciar a produção no fim deste ano ou início do próximo. Líder na venda de elétricos no país, ela chegou a desbancar montadoras tradicionais no mês de março em Vila Velha (ES) e Indaiatuba (SP).

  • O futuro é híbrido?

"Tivemos uma reunião em que o presidente Lula (PT) mencionou que o futuro para o Brasil é o sistema híbrido flex, poderíamos ter uma boa combinação entre as duas tecnologias. Em comparação com a China, os EUA ou a Europa, eles ainda usam gasolina para o carro híbrido normal. Mas no Brasil, poderíamos ter uma solução nacional [etanol]".


Eve quer competir com transporte por app

A Eve, fabricante brasileira de "carros voadores", tem como objetivo não competir com o público que recorre hoje a helicópteros para fugir do trânsito, mas com aquele que usa serviços "premium" de apps de transporte de passageiros.

"Queremos democratizar o acesso ao transporte aéreo. Quem usa um táxi hoje poderá pagar para dividir um táxi aéreo", disse Daniel Moczydlower, CEO da Embraer-X, local de onde nasceu a Eve.


Ele participou de painel no Web Summit na semana em que a startup controlada pela Embraer fechou a encomenda de até 50 unidades para a japonesa AirX –totalizando 2900 pedidos de aeronaves.

"Muitas pessoas terão a primeira experiência de voar em um eVTOL", afirmou Moczydlower ao citar a sigla em inglês para veículos elétricos de pouso e decolagem vertical.

  • Quais os desafios da tecnologia?

↳ Bateria: "É ela que vai garantir que seja um tipo de voo de zero emissões que é muito silencioso para poder operar dentro da cidade. Em termos de custo, precisamos de uma manutenção muito simples e de baixo custo".

Automação: "Precisamos garantir o controle automático de todas as decisões que provavelmente seriam impossíveis para um piloto humano tomar, porque é um multirotor. Isso garantirá a segurança da aeronave, que é bem mais segura do que um helicóptero. Mas torna-se difícil para o piloto sem o software (chamado de fly-by-wire)."

  • Quando começa a operação?

"Devemos começar a voar o primeiro protótipo no final deste ano", disse Moczydlower. Fabricadas em Taubaté (SP), as primeiras unidades comerciais devem ser entregues a partir de 2026."

Fundada em 2020, a empresa chegou à Bolsa de Nova York em 2022, mas ainda está sob controle da Embraer. Hoje, tem avaliação de mercado de US$ 171 milhões (cerca de R$ 900 milhões).

*Viajei a convite do Web Summit Rio.


O jornalista viajou a convite do Web Summit Rio

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