Descrição de chapéu Eletrobras

Governo define regras para antecipar recebíveis da Eletrobras para aliviar conta de luz

Ato estava previsto em medida provisória publicada em abril, mas não havia sido regulamentado

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Letícia Fucuchima
São Paulo | Reuters

O governo federal publicou nesta sexta-feira (5) uma portaria interministerial definindo as regras para uma operação financeira de antecipação de recebíveis da União junto à Eletrobras com o objetivo de aliviar as contas de luz.

Essa proposta constava em medida provisória editada em abril, mas até então não haviam sido publicadas as regras para avançar com a transação.

Imagem do logotipo da Eletrobras em um fundo preto. O logotipo consiste em um símbolo com formas curvas em tons de azul e verde, seguido pela palavra 'Eletrobras' em letras brancas.
Medida do governo tem objetivo de diminuir a conta de luz - Brendan McDermid/Reuters

Segundo a portaria, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) deverá negociar a antecipação dos recebíveis da Eletrobras para a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), seja por meio de securitização de direitos creditórios ou outras operações financeiras.

Esses recebíveis, que somam mais de R$ 30 bilhões, foram negociados no processo de privatização da Eletrobras, concluído em 2022, e deveriam ser pagos no longo prazo. A ideia é antecipar esses aportes para a CDE, espécie de "superfundo" que financia uma série de políticas públicas do setor de energia e representa hoje o principal encargo nas contas de luz.

A CCEE deverá realizar chamamento público com as condições e os parâmetros para recebimento das propostas para a operação financeira, cujos recursos deverão ser utilizados para quitar a "Conta-Covid" e a "Conta Escassez Hídrica", empréstimos tomados pelo setor elétrico e cujos pagamentos oneram os consumidores.

A portaria define ainda que a antecipação dos recebíveis somente ocorrerá "mediante a caracterização do benefício para o consumidor", uma vez que a operação também deverá ter custos e descontos frente ao valor que seria pago no longo prazo.

Caberá à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgar o impacto tarifário a ser percebido pelos consumidores, e definir o fluxo de destinação dos recursos da CDE para as Contas de Escassez Hídrica e Covid.

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