Descrição de chapéu Reforma tributária

Veja próximos passos da reforma tributária até a aprovação

Regulamentação precisa ser votada agora pelo Senado, e processo de transição deve durar a próxima década

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Nivaldo Souza Eduardo Cucolo
Brasília e São Paulo

A Câmara dos Deputados votou o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária (PLP 68/2024) na noite desta quarta-feira (10). O texto trata das regras gerais dos novos tributos.

O passo seguinte para esse projeto é a análise pelo Senado a partir de agosto. Se os senadores fizerem mudanças no texto, ele volta para nova votação na Câmara, que dará então a palavra final sobre a proposta.

Depois da tramitação no Legislativo, o projeto segue para sanção do presidente Lula.

Imagem de um auditório circular com várias fileiras de assentos dispostos em semicírculo ao redor de um palco central. No palco, há um grupo de pessoas reunidas. O teto do auditório possui um design circular concêntrico. Há bandeiras de diferentes países ao fundo.
Plenário da Câmara dos Deputados durante votação de projeto - Pedro Ladeira/Folhapress

A regulamentação conta ainda com um segundo projeto, com foco nos tributos de estados e municípios sobre consumo e propriedade (PLP 108/2024). A expectativa é que esse texto seja analisado pela Câmara após o recesso parlamentar que começa no próximo dia 18.

A Câmara terá sessões em três semanas nos próximos dois meses: dias 12 a 14 e 26 a 28 de agosto e 9 a 11 de setembro.

A regulamentação da reforma vai depender ainda de projetos de lei e outras normas que devem ser apresentados em 2025 para tratar, por exemplo, das alíquotas dos bens sujeitos ao imposto seletivo e dos tributos sobre heranças.

Em 2026, começa o período de testes para definir as alíquotas dos novos tributos. A partir daí, deve começar a ficar mais claro em quanto ficará o IVA (Imposto sobre Valor Agregado).

Nos próximos dois anos também será construído o novo sistema de cobrança e serão editadas regras da Receita Federal.

Em 2027, começa a ser cobrada a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substitui as contribuições federais PIS/Cofins.

No mesmo ano, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) será zerado, exceto para alguns bens produzidos na Zona Franca de Manaus. Também em 2027 começa a cobrança do imposto seletivo sobre bens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

De 2029 a 2032 ocorre a transição para substituição do ICMS (imposto estadual) e do ISS (imposto municipal) pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), destinado a estados e municípios.

Em 2033, ICMS e ISS serão extintos, junto com seus benefícios fiscais, finalizando o processo da reforma.

Colaborou Nathalia Garcia

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