Um mapeamento divulgado pelo Sebrae nesta quarta-feira (18), focado em pequenas empresas, identifica os setores da economia mais afetados pela disseminação da Covid-19 no país.
Segundo a pesquisa, cerca de 2,5 milhões de empresas do setor de varejo tradicional, entre companhias de pequeno porte, microempresas e microempresas individuais, devem ser afetadas pela pandemia.
Além do varejo tradicional, os setores de moda (1,7 milhão), alimentação fora do lar (1,5 milhão) e construção civil (1,3 milhão) vêm logo atrás como os mais afetados. Os quatro setores juntos movimentaram, em 2018, uma massa salarial de R$ 215 bilhões.
Além destes, a entidade aponta outros dez segmentos que precisam estar alerta, como o de serviços educacionais, o de logística, o de transporte e o de tecnologia.
Somando-se os 14 setores mais afetados, há 12,3 milhões de pequenos negócios no país, que empregam 21,5 milhões de pessoas, 46,2% da força laboral que trabalha nesse tipo de companhia.
O Sebrae, que tem prestado orientação aos pequenos empresários sobre como reduzir o impacto econômico da pandemia nos negócios, afirma que sugeriu ao Ministério da Economia algumas medidas, como linhas de crédito especiais e políticas para a redução de custos (aluguéis, gastos trabalhistas, etc).
“Precisamos cuidar da sobrevivência da micro e pequena empresa. É ela que segura o emprego e que tem maior capacidade de se adaptar e se reinventar para enfrentar esta crise”, diz Carlos Melles, presidente da entidade.
Nesta quarta (18), o governo federal anunciou medida para permitir que as empresas cortem as jornadas de trabalho e os salários de seus funcionários pela metade. Segundo o Ministério da Economia, a iniciativa visa preservar empregos.
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