Leia íntegra do bate-papo com Fabiano Maisonnave sobre a Venezuela
O jornalista Fabiano Maisonnave, 32, participou nesta quinta-feira (6) de bate-papo sobre a derrota de Hugo Chávez no referendo sobre a reforma constitucional, no último domingo. O resultado marcou o primeiro revés eleitoral do líder venezuelano em 9 anos.
O texto abaixo reproduz exatamente a maneira como os participantes digitaram suas perguntas e respostas.
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Bem-vindo ao Bate-papo com Convidados do UOL. Converse agora com o jornalista sobre a derrota do presidente venezuelano Hugo Chávez no referendo sobre a reforma constitucional, no último domingo. Para enviar sua pergunta, selecione o nome do convidado no menu de participantes. É o primeiro da lista.
(02:32:50) Fabiano Maisonnave: Boa tarde a todos desde Caracas
(02:33:03) Lula fala para Fabiano Maisonnave: Boa tarde Fabiano. Essa derrota do Chávez pode trazer medidas mais autoritárias
(02:33:41) Fabiano Maisonnave: Num primeiro momento, não. As medidas mais duras estavam incluídas na reforma.
(02:34:37) carola fala para Fabiano Maisonnave: oi Fabiano, a derrota já podia ser sentida nas ruas no dia da votação? Chavez esperava perder?
(02:36:17) Fabiano Maisonnave: Carola, no sábado e no domingo, passei várias horas numa favela que sempre votou em favor de Chávez. Era impressionante a falta de mobilização. Chávez achava que ganharia, mas já sabia que não seria uma vitória contundente como a do ano passado.
(02:36:39) garota-14 fala para Fabiano Maisonnave: o que vc acha da política de chávez?
(02:39:25) Fabiano Maisonnave: Garto-14, a resposta teria dezenas páginas. Em linhas gerais, posso dizer que ele acertou em priorizar a população mais pobre, no discurso e nas ações sociais, mas o governo tem enormes problemas de gestão, e a sua insistência na polarização tem feito grandes estragos no sistema democrático e na convivência entre os venezuelanos.
(02:39:34) carola fala para Fabiano Maisonnave: Fabiano, como fica a política venezuelana depois do referendo? Chávez perdeu poderes ou eles continuam como antes?
(02:40:52) Fabiano Maisonnave: Carola, Acho que ganhou o centro. Do lado da oposição, a primeira vitória em nove anos mostrou que o caminho da oposição moderada, que vem pregando a participação em eleições, prevaleceu sobre os mais radicais, que não reconhecem o governo Chávez e chegaram a pregar a desobediência civil. No chavismo, o problema é que não tem mais um centro ativo, com a saída do Podemos, no início do ano, e o importante rompimento do general Raúl Isaías Baduel, em novembro. Chávez, pelas suas declarações, insistirá na polarização, mas terá de reconquistar os seus eleitores de 2006 que não foram votar para um novo referendo que pretende convocar. Será bastante difícil, e ele perdeu a imagem de imbatível construída em nove vitórias eleitorais seguidas
(02:41:11) gomes fala para Fabiano Maisonnave: não há riscos desse louco provocar uma guerra com os EUA e nós ficarmos no meio do fogo cruzado?
(02:41:53) Fabiano Maisonnave: Gomes, não vejo esse risco.
(02:41:59) lucy fala para Fabiano Maisonnave: qual é sua avaliação sobre os próximos movimentos da oposição?
(02:43:32) Fabiano Maisonnave: Lucy, insistirá no discurso moderado, tentará acalmar as facções mais radicais para não dar munição ao discurso maniqueísta de Chávez e buscará se organizar para ter um bom resultado nas eleições regionais do ano que vem
(02:43:39) Dr° Hanibal Lecter fala para Fabiano Maisonnave: fabiano o povo daquele pais no geral esta alegre ou a oposição nao teve ainda efeitos na rua?
(02:44:59) Fabiano Maisonnave: Mr. Lecter, não houve uma migração de votos. A oposição só conseguiu 200 mil votos a mais do que no ano passado. O que derrotou Chávez foram seus eleitores do ano passado que ficaram em casa. Isso explica a comemoração moderada e concentrada nas alas ricas de Caracas, reduto do antichavismo
(02:45:25) Raul fala para Fabiano Maisonnave: Fabiano, há outra forma de Chavez, ou o governo Venezuelano, reavivar essa mesma votação? ou Chavez perdeu e não há mais possibilidades de novo referendo?
(02:46:19) Fabiano Maisonnave: Raul, Chávez já deixou muito claro que tentará de novo, agora convocando o referendo por meio de abaixo-assinado. Não há dúvidas de que ele tentará de novo, sobretudo a reeleição indefinida.
(02:46:39) RodrigoMartins fala para Fabiano Maisonnave: Você considera a política de Chavez como expansionista?
(02:48:22) Fabiano Maisonnave: Rodrigo, a Venezuela é muito pequena para ser expansionista. Citando Petkoff, só o Chávez e o Depto de Estado dos EUA sobredimensionam o poder dele fora. Agora, sem dúvida ele tem uma enorme influência hoje em três países menores: Bolívia, Nicarágua e Cuba, a famosa Alba
(02:48:41) lucy fala para Fabiano Maisonnave: você acredita que do movimento estudantil surja alguma liderança que possa enfrentar o chavismo?
(02:49:58) Fabiano Maisonnave: Lucy, a política se faz com partidos políticos. Achar que estudantes possam derrotar Chávez é colocar muito peso em suas costas. Mas, como símbolo de uma oposição moderada e livre da pecha de golpista, eles tiveram bastante importância na derrota de domingo
(02:50:04) RodrigoMartins fala para Fabiano Maisonnave: Há legalidade na CF da Venezuela para que a proposta seja novamente enviada para referendo?
(02:50:22) Fabiano Maisonnave: Rodrigo, sim há legalidade.
(02:51:16) garota-14 fala para Fabiano Maisonnave: Chávez admitiu que depois da derrota eleitoral, já não pode insistir em reformar a Constituição, mas que os eleitores ou o Parlamento estão autorizados a fazê-lo,o parlamento tem mesmo esse poder?
(02:52:31) Fabiano Maisonnave: Garota-14, sim, a reforma pode ser apresentada pelo Parlamento, pelo presidente ou por 5% dos eleitores. Ele já disse que será por via de recolhimento de assinaturas.
(02:52:31) Jornalista fala para Fabiano Maisonnave: Como a crescente expansão militar promovida pela Venezuela pode afetar as relações com a Colômbia e com o Brasil?
(02:53:43) Fabiano Maisonnave: Jornalista, não é um tema tão importante. A principal compra, de caças russos, foi para substituir os F-16 americanos, que deixar de vender peças de reposição a Chávez e hoje praticamente não voam. Essa história de compra de armas não é tão importante. O tema é mais discutido no Brasil do que na Colômbia e na Guiana, que têm ainda disputas territoriais com a Venezuela. Acho que tem sido a melhor desculpa encontrada para as Forças Armadas brasileiras pedirem mais verbas.
(02:54:08) preto jr fala para Fabiano Maisonnave: Vc. acha que o Chávez está enfraquecido depois dessa derrota?
02:55:21) Fabiano Maisonnave: preto jr, sem dúvida, é a primeira derrota em nove anos e ocorre num momento de importantes problemas internos (violência, inflação, desabastecimento) e um certo isolamenteo externo depois das brigas com a Espanha e a Colômbia.
(02:55:21) garota-14 fala para Fabiano Maisonnave: Ainda não entendo a que veio o senhor Hugo Chaves está certo que sua postura realmente desafiadora é interessante e agrada por não deixar mais a venezuela ser a casa da "mãe Joana" comandada pelos USA,gostaria de saber se ele é comunista é populista até agora não sei em qual "ista" se encaixa, mas, vejo uma Venezuela pobre e sem empregos como o nosso querido Brasil, nada adianta termos um representante rebelde mas sem objetivos o que ele pretende??
(02:56:21) Fabiano Maisonnave: Garota-14, eu também acho difícil classificar Chávez. Como jornalista, prefiro descrevê-lo,
(02:56:40) Ryan fala para Fabiano Maisonnave: boa tarde Fabiano, e como anda a sensação de segurança entre os opositores de Hugo Chávez?
(02:57:47) Fabiano Maisonnave: Ryan, acho que a reação tem sido moderada e consciente de que eles derrotaram uma proposta de Chávez, mas que o mandato dele ainda tem cinco anos. Estou falando da parte moderada, claro, que é a mais importante hoje.
(02:57:59) quero saber! fala para Fabiano Maisonnave: Chaves criou um exército particular e comprou aeronaves de combates modernas. Ele se prepara para uma guerra na América do Sul?
(02:58:31) Fabiano Maisonnave: Quero saber!, não. Veja a resposta de uns minutos atrás.
(02:58:37) RodrigoMartins fala para Fabiano Maisonnave: O último discurso de Chavez de que teve uma derrota de merda, poderá fazer com que perca credibilidade diante da nação venezuelana?
(02:59:29) Fabiano Maisonnave: Rodrigo, o destempero de Chávez foi acima da média ontem, mas aqui estamos todos acostumados com sua incontinência verbal.
(02:59:53) Democracy fala para Fabiano Maisonnave: Nos paises da America Espanhola existe uma divisao mais nítida entre os Indigenas e os "Europeus".. como é a relação do Chavez com estes últimos?
(03:00:44) Fabiano Maisonnave: Democracy, Chávez enfatiza muito a mestiçagem em seu discurso, como é o seu caso.
(03:00:50) curumim fala para Fabiano Maisonnave: O poder econômico da Venezuela inibe países democráticos de opinarem contra o governo Chavez?
(03:02:40) Fabiano Maisonnave: Curumim, no caso do Brasil, é um componente bastante importante. A política externa brasileira com a Venezuela é uma mistura de simpatia com pragmatismo. A simpatia vem mais do lado do PT, sobretudo o Marco Aurélio Garcia. Amorim é muito menos entusiasmado, mas age de acordo com os enormes interesses das empresas brasileiras instaladas aqui, principalmente Odebrecht, e das que exportam para cá em grandes volumes. Descontados os exageros retóricos do Lula e do Garcia e um certo cinismo pragmático do Amorim, prevalece uma linha _ até agora eficaz, diga-se_ de que está perto de Chávez, mas que não está alinhado com ele, como apontou muito bem a colunista Eliane Cantanhêde.
(03:02:46) Roxo fala para Fabiano Maisonnave: Vc acha essa derrota para Chaves importante para conter surtos de autoritarismo na América Latina, por conta de auto endesamente de políticos que acabam se achando seres iluminados conduzindo povos?
(03:04:32) Fabiano Maisonnave: Roxo, acho que sim, é uma derrota para o setor do PT que quer o terceiro mandato, para a reeleição indefinida proposta por Morales e até para Uribe, seu novo "arquiinimigo", que também tem falado nos últimos tempos em esticar mais seu tempo no poder.
(03:04:56) milton fala para Fabiano Maisonnave: Boa tarde,Fabiano na sua otica Chavez entrega o poder numa boa em 2014?
(03:05:51) Fabiano Maisonnave: Milton, não consigo visualizar a imagem de Chávez colocando a faixa em outro. Ele dificilmente aceitará ser um ex-presidente
(03:06:03) Lulinha fala para Fabiano Maisonnave: Ouvi dizer que há desabastecimento de alimentos na Venezuela, isso é verdade? Se for, tem alguma coisa a ver com o Chaves?
(03:08:04) Fabiano Maisonnave: Lulinha, é verdade, principalmente leite. Tem a ver com Chávez por dois motivos: primeiro, o consumo de alimentos dos mais pobres explodiu no seu governo, o que é positivo. Mas ele inibe a produção de alimentos perseguindo empresários e produtores e insistindo na tese de que o Estado substituí-los, o que já deu errado em todas as partes do mundo.
(03:08:10) observador fala para Fabiano Maisonnave: Você vê autoridade moral no rei da Espanha para ter mandado um presidente democraticamente eleito se calar?
(03:09:32) Fabiano Maisonnave: observador, foi uma explosão do rei e uma grosseria. Mas, como o Chávez não para de falar, de atacar e de desqualificar, foi bem recebido no mundo inteiro. Muita gente queria ter feito o mesmo!
(03:09:38) quero saber! fala para Fabiano Maisonnave: Por que o Brasil engole tanto sapo político do sr hugo chavez?
(03:10:21) Fabiano Maisonnave: Quero saber!, porque faz uma política pragmática, e Chávez conta com a simpatia de muita gente do PT. Veja a resposta que ficou lá para trás
(03:10:27) Sólon fala para Fabiano Maisonnave: Boa tarde. Quem realmente lidera a América so Sul, Chaves ou Lula?
(03:11:57) Fabiano Maisonnave: Sólon, nenhum dos dois. Mas Lula tem hoje uma imagem muito mais equilibrada. O risco é perder essa imagem caso queira realmente se meter em disputas como a entre Uruguai e Argentina.
(03:12:03) prima pergunta para Fabiano Maisonnave: boa tarde Fabiano, voce acha que chaves pode dar um golpe de estado?
(03:13:10) Fabiano Maisonnave: Prima, não vejo condições nem disposição para um autogolpe, como fez Fujimori.
(03:13:10) Joe fala para Fabiano Maisonnave: Fabiano, qual foi a reação do povo pobre à derrota dam reforma constitucional, e a dos ricos?
(03:14:15) Fabiano Maisonnave: Joe, eu não estive nos bairros pobres depois da vitória, mas o país inteiro está bastante calmo.
(03:14:15) Ricarddo fala para Fabiano Maisonnave: Como é encarado pelo povo venezuelano o fato de Chaves ser um pesado opositor dos EUA, sua política econômica e do capitalismo como um todo e continuar a vender petróleo aos EUA?
(03:15:21) Fabiano Maisonnave: Ricarddo, não é tão contraditório porque a Venezuela faz isso desde sempre, e Chávez tem feito um grande esforço para diversificar os compradores, principalmente a China
(03:15:51) Ryan fala para Fabiano Maisonnave: e a imprensa venezuelana, abordou com muita ênfase essa derrota? mesmo sabendo das perseguições de Cháves aos opositores? E também vc já teve algum problema com as autoridades venezuelanas exercendo sua função?
(03:17:26) Fabiano Maisonnave: Ryan, pela primeira vez, há uma imprensa venezuelana buscando o equilíbrio, o que é muito positivo. Pessoalmente, a minha maior dificuldade _ e a dos colegas também_ é falar com porta-vozes do governo, eles se fecharam muito, é praticamente só o Chávez quem fala.
(03:17:32) ANDOBA fala para Fabiano Maisonnave: O QUE VC ACHOU DAS PALABRAS DO GENERAL RANGEL COM RELAÇÃO A SE ELEL TINHA OU NÃO PRESSIONADO O CHAVES?
(03:18:50) Fabiano Maisonnave: Andoba, ele é bastante rebuscado, mas a minha impressão é que ele deu um recado de que usaria a influência entre os militares caso Chávez tentasse alguma manobra. O domingo foi uma noite bastante tensa no país.
(03:18:56) regis fala para Fabiano Maisonnave: vc acredita que a história do 3o mandato para Lula teria inspiração da Venezuela?
(03:19:57) Fabiano Maisonnave: Regis, estou longe do Brasil, mas acredito que a aprovação da reeleição indefinida num referendo ajudaria, sim, os argumentos de quem defende essa tese no Brasil
(03:20:02) Visitante fala para Fabiano Maisonnave: Boa tarde, Por que Chaves está armando tanto a Venezuela? Por mais que ele se arme não vale nada conta o poder de forgo americano. Seria então para ameçar ou pressionar os outros Sulamericanos como o Brasil, Colombia e Chile?
(03:20:32) garota-14 fala para Lula: O dinheiro da venezuela (vindo do petroleo) está sendo gasto em programas fora do pais, para expandir uma ideologia que está comprovada que não serve. Para que gastar o dinheiro na Bolivia, na Argentina, no Equador, Cuba ou America Central? Sendo que a população da venezuela está passando fome em Caracas, que nem está funcionando direito o sistema de coleta de lixo?
(03:22:49) Fabiano Maisonnave: Visitante, primeiro, para driblar o embargo norte-americano. Segundo, ele realmente acredita que seu país pode ser invadido. Terceiro, é um militar e pensa como tal. Quarto, tem dinheiro de sobre com o petróleo em alta. Mas não acho que ele não queira pressionar o Brasil, mas a Venezuela precisa sempre se medir com a Colômbia, historicamente é assim, embora não tenha havido conflitos. O Chile está muito longe.
(03:22:55) agr_ba fala para Fabiano Maisonnave: Essa centralização que chavez está fazendo não pode significar uma tentativa de aprovar às escuras essass mesmas reformas; em um momento posterior?
(03:23:07) Fabiano Maisonnave: Visita, dinheiro de sobra, quero dizer.
(03:24:02) Fabiano Maisonnave: Agr-ba, ele não está centralizando. No momento, a estratégia continua sendo a da polarização, da radicalização do discurso
(03:24:02) Comunista fala para Fabiano Maisonnave: Chaves desafia os EUA ou é só amor a pátria o que ele faz?
(03:25:10) Fabiano Maisonnave: Comunista, é um desafio para a política externa americana na AL, mas bem menos influente do que o Chávez e o Departamento de Estado acham (avaliação do Petkoff com a qual concordo).
(03:25:16) Ryan fala para Fabiano Maisonnave: E o apoio a Hugo Chávez na sua opinião tende a cair consideravelmente a partir desse derrota?
(03:26:36) Fabiano Maisonnave: Ryan, é difícil dizer, mas ele perdeu a aura de imbatível. A reforma constitucional era (ou ainda é, já que ele quer reapresentá-la) um cheque em branco ao Chávez. Praticamente todos os artigos importantes lhe davam mais poder, sem contar a reeleição indefinida por um mandato de sete anos, o tempo maior da América do Sul e, se não estou equivocado, da América Latina, à exceção de Cuba. Para conseguir relançar a sua reforma e vencer o referendo, Chávez terá de esperar um tempo e promover um "choque de gestão", para usar o termo da moda. Terá por exemplo, de resolver o desabastecimento, sobretudo de leite, um dos motivos que explicam a maior inflação da AL. Terá de dimininuir a violência, a maior preocupação de opinião pública. Outro fator de desgaste é a corrupção na burocracia estatal. O meu palpite é que, com os quadros que tem, essa melhora será muito difícil, para não dizer impossível. Seu grande aliado continuará sendo os enormes recursos petroleiros.
(03:26:42) RodrigoMartins fala para Fabiano Maisonnave: Hugo Chavez pode ser considerado um louco ou estrategista?
(03:29:09) Fabiano Maisonnave: Rodrigo, ele sobreviveu a um golpe, a um greve petroleira, venceu nove eleições, entre outras coisas. Até a derrota de domingo, era um ótimo estrategista. Resta saber como administrará a derrota. O tempo responderá à sua pergunta.
(03:29:15) Democracia já fala para Fabiano Maisonnave: Voçê não acha que a Venezuela tem problemas mais serio do que o do Chaves??? como combater a corrupção também???
(03:30:04) Fabiano Maisonnave: Democracia já, a corrupção é um problema grave, maior do que no Brasil, que depende muito das decisões tomadas por Chávez.
(03:30:48) Fabiano Maisonnave: Às 248 pessoas que estão na sala, muito obrigado pelas perguntas e até a próxima.
(03:30:54) Moderadora/UOL: O Bate-papo UOL agradece a presença de Fabiano Maisonnave e de todos os internautas. Até o próximo!
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