Ex-presidente Menem é condenado a sete anos por tráfico de armas
O ex-presidente argentino Carlos Memen (1989-99) foi condenado nesta quinta-feira a sete anos de prisão pelo crime de contrabando agravado de armas à Croácia e ao Equador.
A pena ditada pelo Tribunal Oral no Penal Econômico será de cumprimento efetivo, o que significa que o político não poderá pedir para cumpri-la em prisão domiciliar.
Menem não foi à audiência por "problemas de pressão e diabete", comunicou seu advogado.
O peronista, de 82 anos, foi condenado por "contrabando agravado de 6.500 toneladas de armamento e munições para Croácia e Equador", entre 1991 e 1995.
O desvio à Croácia teria ocorrido em meio ao conflito da antiga Iugoslávia. Já o desvio ao Equador teria ocorrido em 1995, no meio de um enfrentamento bélico com o Peru por um antigo litígio limítrofe, apesar de a Argentina ter sido um dos países fiadores do Tratado de Paz entre os países. Oficialmente, o governo argentino disse que enviava os equipamentos para o Panamá e a Venezuela.
A Sala 1 da Câmara Federal de Cassação Penal condenou o ex-presidente pelo mesmo crime no último dia 8 de março, revogando a decisão ditada há dois anos por um tribunal de primeira instância do privilégio penal econômico, mas ficava pendente fixar a sentença.
Além de Menem, também foi sentenciado a cinco anos e meio de prisão o seu então ministro de Defesa, Oscar Camilión.
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