Acusados por indecência em vídeo de união gay têm pena reduzida no Egito
Um tribunal de apelações egípcio reduziu, neste sábado (28), a pena de oito homens, que foram presos mês passado por aparecerem em um vídeo divulgado na internet, onde comemoravam a celebração do que seria primeiro casamento gay no país. O vídeo causou rebuliço nas redes sociais.
A sentença diminuiu de três para um ano de prisão. Os homens foram condenados por divulgar imagens indecentes e por incitar o deboche —os réus negam as acusações. O veredito arrancou gritos e lágrimas de familiares que estavam presentes no julgamento.
Casamentos homossexuais não são permitidos no Egito, um país conservador de maioria muçulmana. Não há, porém, leis que proíbam relações homossexuais —mas a homossexualidade é frequentemente discriminada naquele país.
Prisões de homens gays, vez ou outra, viram manchete no Egito. Eles geralmente são acusados por deboche, atitude imoral ou blasfêmia.
Os oito homens, cuja sentença foi reduzida neste sábado, foram condenados em primeira instância em setembro, quando um promotor afirmou que as imagens eram "humilhantes, lamentáveis e que irritariam a Deus", concluindo que se tratavam de um ato criminoso. Ele também solicitou que exames físicos fizessem parte das investigações.
A nova sentença ainda é passível de recurso na Corte de Cassação, a mais alta corte do país.
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