Hillary lidera em Estados-chave e tem 95% de chances de vencer, diz pesquisa
A dois meses e meio da eleição presidencial nos EUA, uma pesquisa mostra a candidata democrata, Hillary Clinton, na dianteira não apenas na disputa nacional, mas também em Estados decisivos para garantir a vitória.
São os "Estados-pêndulo", cuja preferência varia a cada eleição. Na pesquisa, Hillary tem vantagem sobre o republicano Donald Trump nos três mais importantes: Flórida, Ohio e Virgínia.
Com esses números, a sondagem da Reuters/Ipsos estima que Hillary teria 95% de chances de vencer se a eleição fosse hoje.
Ela conquistaria 19 dos 50 Estados do país, mais o Distrito de Columbia, que lhe garantiriam 268 votos no Colégio Eleitoral, composto por representantes dos Estados que votam de acordo com os resultados locais (a eleição nos EUA é indireta).
Já Trump venceria em mais Estados –ao menos 21– mas com populações menores, que lhe dariam 179 votos no Colégio Eleitoral. São necessários 270 para ser eleito.
A democrata ampliou a vantagem na preferência nacional para 12 pontos, segundo a Reuters/Ipsos. A mesma pesquisa reitera a rejeição a ambos os candidatos principais, com 22% de potenciais eleitores afirmando que não votarão em nenhum dos dois.
A média de pesquisas indica intervalo de quatro pontos entre Hillary e Trump,. A dez semanas da eleição, porém, é cedo para prever resultado, diz a Reuters, pois a disputa está acirrada ou volátil em dez Estados.
Nos últimos dias Trump passou a cortejar hispânicos e negros, numa tentativa de ampliar um apoio que até agora é majoritariamente da classe média e média-baixa branca. Foi o suficiente para ele garantir a candidatura republicana, mas para chegar à Casa Branca ele precisa ter algum apoio das minorias.
Nesta semana, ele suavizou o discurso anti-imigrantes sem documentos e prometeu a eleitores negros mais empregos e menos violência.
Analistas consultados pela Reuters afirmam que, salvo uma surpresa na reta final, dificilmente Trump será capaz de recuperar terreno.
Republicanos torcem para que a surpresa saia dos e-mails de Hillary. Cerca de 15 mil e-mails da democrata descobertos pelo FBI (polícia federal) podem começar a ser divulgados em outubro. O caso se tornou a principal arma de Trump para questionar a honestidade e a transparência da rival.
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