A China elogiou nesta quinta-feira (3) as recentes declarações do secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que afirmou que os Estados Unidos não tentam derrubar o governo de Kim Jong-Un na Coreia do Norte.
A tensão entre EUA e Coreia do Norte aumentou após o teste em julho realizado pelo país asiático de um míssil balístico intercontinental.
"Ressaltamos a importância das declarações [de Tillerson]", disse o chanceler chinês, Wang Yi.
Na terça-feira (1º), Tillerson havia dito que os EUA não visam a mudança de regime na Coreia do Norte.
"Não queremos seu colapso ou uma reunificação acelerada da península [coreana]", afirmou Tillerson. "Não queremos uma desculpa para enviar o nosso Exército [à Coreia do Norte]"
Tillerson também afirmou que Washington está disposto a conversar com a Coreia do Norte caso seus líderes aceitem uma política de desarmamento. Nesta quinta, Wang Yi disse que a China também se preocupa com a possibilidade de um conflito.
"Constatamos que a parte americana tem dado grande atenção às questões de segurança na península [coreana]. A China sempre considerou que a segurança está no centro do problema", disse Yi.
O tom adotado pelo secretário americano foi muito mais diplomático do que o empregado por Donald Trump. O presidente dos EUA havia exigido que a China, vizinha da Coreia do Norte e seu maior aliado comercial, ajude o país norte-americano a conter as ambições nucleares de Pyongyang.
Em tuítes postados no último fim de semana, Trump disse estar muito incomodado com o fato de Pequim não estar fazendo nada a respeito.
"Estou muito decepcionado com a China [...] Não fazem nada em relação à Coreia do Norte", publicou Trump no Twitter. "Não permitiremos que isso continue. A China poderia resolver isso facilmente!"
Na semana passada, Kim afirmou que a Coreia do Norte pode alcançar qualquer alvo em território americano. Em várias oportunidades, Trump exigiu que a China contenha as aspirações do vizinho, mas Pequim, que interrompeu as importações de carvão norte-coreano, insiste que em dizer que a única solução é com o diálogo.
Segundo o chinês Wang Yi, a China tem mantido uma "posição estável e constante" sobre a questão, pedindo moderação às partes, a fim de evitar uma escalada das tensões.
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