DA REUTERS

O papa Francisco decidiu enviar o principal investigador de abusos sexuais da Igreja Católica para o Chile para apurar denúncias de que um bispo chileno teria acobertado agressões sexuais contra menores.

Nota do Vaticano afirmou nesta terça-feira (30) que novas informações surgiram sobre o bispo Juan Barros e que o investigador, arcebispo Charles Scicluna, de Malta, iria ao país para "ouvir aqueles que queiram entregar informações em sua posse".

A nota revela uma mudança na posição do papa, que em 21 de janeiro afirmou que as denúncias contra Barros eram "calúnias" que não havia nada de concreto contra ele.

Já de volta à Santa Sé, o papa pediu desculpas às vítimas chilenas.

"O caso do [bispo Juan] Barros foi estudado, foi reexaminado e não há provas. É isso que quis dizer. Não tenho provas para condená-lo e, se eu o condenasse sem provas ou sem certeza moral, cometeria um crime de juízo", declarou Francisco.

Foi Scicluna quem revelou evidências de abuso sexual que levaram à remoção do padre mexicano Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, em 2005.

A controvérsia em torno de Barros, bispo da cidade de Osorno, no sul do Chile, dominou a recente visita do papa. Muitos acusaram Francisco de não captar a profundidade do problema no país sul-americano.

Barros é acusado de proteger seu antigo mentor, o reverendo Fernando Karadima, que foi considerado culpado de abusos de meninos em uma investigação do Vaticano em 2011. O bispo se diz inocente.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.