Um grupo ligado à Al Qaeda baseado no Mali assumiu a responsabilidade neste sábado (3) pelos ataques coordenados que mataram 16 pessoas em Burkina Fasso, segundo a agência de notícias Alakhbar, da Mauritânia.
O grupo, Jama’a Nusrat ul-Islam wa al-Muslimin (Jnim), normalmente usa a agência Alakhbar para suas declarações sobre ataques no Sahel (região do oeste da África).
Os ataques seriam em retaliação a morte de um dos líderes do Jnim, Mohamed Hacen al-Ancari, por forças francesas.
Os ataques coordenados na sexta-feira (2) atingiram Uagadugu, capital de Burkina Fasso, tendo como alvos a região onde fica o escritório do primeiro-ministro, um batalhão do Exército e a embaixada francesa no país.
O governo burquinense informou que cinco militares e três civis morreram. A polícia matou ao menos oito pessoas que participavam dos ataques: quatro no batalhão e quatro na embaixada. Dois criminosos foram presos.
Em mensagem televisionada neste sábado, o presidente burquinense, Roch Kabore, pediu que a população colaborasse com as Forças Armadas.
"Nesses momentos difíceis, gostaria de reafirmar à África e ao mundo minha fé inquebrantável na capacidade do povo burquinense de preservar sua dignidade e ferozmente se opor a seus inimigos", afirmou.
Burkina Fasso tem sofrido uma série de atentados terroristas recentemente. Em agosto de 2017, 18 pessoas morreram em um ataque contra um restaurante em Uagadugu.
A capital já tinha sofrido outro atentado em 2016, quando 30 pessoas foram mortas por militantes ligados a Al Qaeda. Além deste grupo, o Estado Islâmico também tem agido na região.
A França interveio no Mali em 2013 para expulsar militantes islâmicos que haviam capturado o norte do país. Cerca de 4.000 soldados franceses estão estacionados em ex-colônias da França na região do Sahel como parte da operação antiterrorista Barkhane.
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