Uma equipe de inspetores internacionais entrou nesta terça-feira (17) na cidade da Síria onde houve um ataque químico no início do mês, afirmou a mídia estatal síria.
Há dias a equipe da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) esperava por autorização da Síria e da Rússia para entrar na localidade.
Porém, os EUA negaram que isso tenha ocorrido. Segundo a porta-voz do Departamento de Estado Heather Nauert, “nosso entedimento é que a equipe não entrou em Duma”.
Uma fonte diplomática em Haia, na Holanda, também negou à agência Reuters que os especialistas tivessem entrado na cidade. A Opaq não se pronunciou oficialmente.
A missão da Opaq tem por objetivo investigar relatos de que forças do regime do ditador Bashar al-Assad lançaram um ataque químico no dia 7 de abril em Duma, cidade de Ghouta Oriental que na ocasião ainda era um reduto rebelde.
Na segunda (16), jornalistas tiveram acesso a Duma, mas os inspetores foram impedidos de entrar por autoridades russas e sírias.
O diretor-geral da Opaq, Ahmet Uzumcu, disse que autoridades russas e sírias citaram “questões de segurança pendentes” como motivo para não autorizar a entrada.
Ao contrário, o regime sírio ofereceu aos inspetores a oportunidade de “entrevistar 22 testemunhas”.
A falta de acesso ao local deixa ainda sem resposta dúvidas sobre o suposto ataque químico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que mais de 40 pessoas morreram e 500 foram feridas pelo ataque. Como retaliação, EUA, França e Reino Unido bombardearam a Síria na sexta passada, dia 13.
A Síria e sua aliada militar Rússia negam que um ataque químico tenha ocorrido e acusaram o Reino Unido de ter forjado tal ação. EUA e França dizem ter evidências do uso de um gás tóxico contra a população civil em Duma, assim como a OMS.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.