Um comício do presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, 75, foi alvo de uma bomba neste sábado (23). Ele não se feriu, mas membros de seu gabinete que estavam no local sofreram ferimentos leves.
“A bomba explodiu a centímetros de mim, mas não era minha hora”, declarou Mnangagwa. “Não permitiremos que este ato covarde atrapalhe nosso avanço em direção às eleições”.
O incidente, classificado como tentativa de assassinato pela mídia estatal local, aconteceu na cidade de Bulawayo. Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado, e não há relato de mortes.
O governo afirmou haver “vários feridos”. O comissário político Rugeje, próximo ao presidente, e o vice-presidente, Constantino Chiwenga foram atingidos pela explosão, mas passam bem.
A eleição presidencial do Zimbábue acontece em 30 de julho, e os principais candidatos são o presidente Mnangagwa, do partido governista do Zimbábue Zanu-PF, e Nelson Chamisa, líder do partido de oposição.
Mnangagwa se tornou presidente em novembro após a renúncia negociada do ditador de Robert Mugabe, que permaneceu no poder no país por 37 anos. Ex-vice-presidente do país, Mnangagwa fugiu do Zimbábue após ser demitido por Mugabe, o que levou o Exército a tomar o poder e retirar o presidente do cargo. O mandatário acusou Mnangagwa de planejar sua queda.
O ex-vice de Mugabe conta com a eleição para fortalecer sua legitimidade, enquanto tenta colocar em prática sua promessa de romper com as políticas repressivas de Mugabe e ao mesmo tempo convencer investidores estrangeiros a voltarem ao Zimbábue.
Reuters
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