Uma maternidade situada em Orthez, no sudeste da França, voltou a ser processada nesta quarta-feira (25) pela morte de uma gestante em 2014, provocada pela negligência de uma anestesista que estava bêbada na noite do parto.
A médica belga Helga Wauters, 47, foi acusada de homicídio involuntário.
No dia 29 de setembro de 2014, Helga Wauters foi encarregada de acompanhar o parto de uma jovem de 28 anos.
A médica administrou uma anestesia peridural na gestante e deixou a clínica para beber na casa de amigos. Só que a paciente teve complicações no parto e precisava de uma cesariana. O estabelecimento ligou então para a médica belga, que estava bêbada.
De volta à sala de operação, ela utilizou um balão manual para ajudar sua paciente a respirar, em vez de usar um aparelho disponível no bloco. Em seguida, entubou as vias digestivas em vez das vias respiratórias.
A paciente sofreu uma parada cardíaca e foi transferida para o hospital de Pau, na Aquitânia, onde morreu. O bebê foi salvo. Além da anestesista belga, uma obstetra presente na maternidade também foi indiciada em 2016 por “omissão de socorro”.
Advogada defende maternidade
O drama acelerou o fechamento da clínica, que enfrentava problemas para recrutar profissionais.
O advogado da maternidade de Orthez, Thierry Sagardoytho criticou a medida da Justiça. A clínica já havia sido processada em 2017, mas o inquérito foi suspenso.
Ele declarou que irá entrar com um novo recurso pedindo o cancelamento da ação.
A justificativa é que o processo não faz sentido antes de os responsáveis do estabelecimento serem ouvidos novamente pela Justiça.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.