'Achei que ia ser pisoteada', diz brasileira que sentiu terremoto na Indonésia

Artista plástica estava em teatro com os pais no momento do sismo

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A brasileira Cristiana Ventura com seus pais em Bali, na Indonésia - Arquivo pessoal
São Paulo

Pânico, correria e gritos. Assim a artista plástica brasileira Cristiana Ventura, 34, descreve o momento em que a terra começou a tremer durante o terremoto que atingiu a Indonésia e deixou ao menos 98 mortos e 200 feridos na noite de domingo (5).

Moradora de Bali desde fevereiro deste ano, Cristiana estava com os pais em um teatro da cidade de Ubud na hora do tremor.

“De repente, começou a sacudir muito. Achei que fosse algum caminhão passando do lado de fora, mas foi ficando mais forte, mais forte, e aí vi as pessoas correndo, gritando, desesperadas”, relata. 

A brasileira conta que as pessoas jogavam cadeiras e derrubavam móveis para sair do edifício. 

“Fiquei muito nervosa, achei que ia ser pisoteada. Fiquei com medo pelo meu pai, que é cardíaco e não caminha muito rápido. Nossa sorte é que estávamos na lateral, que era aberta, e conseguimos sair”, lembra. 

Apesar de a região de Lombok ter sido a mais atingida, o tremor de magnitude 7 também causou danos à ilha de Bali.

Segundo Cristiana, o terremoto e as réplicas que o sucederam duraram de 10 a 12 minutos. 

Na manhã desta segunda-feira (6), ela acordou com outro tremor, só que mais leve. Também houve alerta de tsunami, mas já foi desativado.

A artista plástica conta que, desta vez, sentiu o abalo muito mais forte do que na semana passada, quando outro terremoto atingiu o país.

“No outro, era madrugada e senti um balancinho, parecendo um barco se mexendo. Levantei para ir ao banheiro e vi que as janelas, as portas, os cabides do armário estavam sacudindo. Mas foi diferente. Foi bem mais gentil”, afirma.

Cristiana, que planejava viajar para as ilhas mais turísticas de Lombok durante a visita de seus pais à Indonésia, teve de mudar os planos de viagem. A família decidiu passar os próximos dias na Tailândia.

“Fecharam os portos, não dá para visitar nenhuma outra ilha nesta área. E tenho medo de novos terremotos, até de um tsunami. Não faz sentido colocar meus pais em risco ficando aqui."

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