O plebiscito do "brexit" já custou ao Reino Unido mais de 2% da produção econômica antes mesmo de o país deixar formalmente a União Europeia, segundo análise do banco suíço UBS.
Em nota publicada na segunda-feira (3), o banco estimou que o produto interno bruto já está 2,1% menor do que se o Reino Unido tivesse votado pela permanência na UE e que o investimento está 4% mais fraco, a inflação está 1,5% mais alta e o consumo está 1,7% menor.
Apesar de o Reino Unido ter evitado a recessão projetada por alguns após o referendo de 2016, o crescimento tem sido inferior ao da maioria de seus principais pares.
O UBS informou que a aceleração da economia global nos últimos dois anos ajudou a mascarar alguns dos piores impactos do "brexit", permitindo que “o crescimento se mova lateralmente em vez de mergulhar mais fundo”.
Ainda assim, “para colocar esse declínio acumulado de 2,1% em crescimento real no contexto, trata-se de cerca de um quarto a um terço do custo total do "brexit" estimado nas avaliações mais pessimistas feitas antes do referendo da UE e quase igual aos custos totais de algumas das avaliações mais otimistas”, escreveram analistas do UBS, incluindo Pierre Lafourcade. “Mas o Reino Unido ainda nem saiu da UE!”
O UBS compilou os números comparando os dados econômicos atuais do Reino Unido com os de um “sósia” composto pelos dados de outros países não afetados pelo "brexit" para imitar o desempenho britânico antes do referendo.
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