O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta quinta-feira uma resolução histórica sobre a Venezuela, na qual pede que o governo do ditador Nicolás Maduro "aceite a ajuda humanitária" para solucionar os problemas de "escassez" de alimentos e medicamentos.
É a primeira vez em sua história que o Conselho adota uma resolução sobre a Venezuela, afirmou à AFP um porta-voz do órgão da ONU com sede em Genebra, Rolando Gomez.
O Conselho declarou estar "profundamente preocupado com as graves violações de direitos humanos, que se produzem no contexto de uma crise política, econômica, social e humanitária", diz um relatório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU publicado em junho de 2018.
O Conselho pressiona o governo venezuelano "a cooperar" com o Alto Comissariado, dirigido desde setembro pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, a quem foi pedido que apresente um "informe completo" sobre a situação na Venezuela na 41ª sessão do Conselho, que será em junho de 2019.
Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU na quarta-feira (26), Nicolás Maduro afirmou que a crise humanitária na Venezuela foi fabricada para justificar uma intervenção no país.
Também na quarta-feira, líderes de Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru enviaram ao Tribunal Penal Internacional (TPI) um pedido de investigação por crimes de lesa-humanidade cometidos pelo regime de Maduro desde fevereiro de 2014.
Foi a primeira vez que governos nacionais acionaram a corte, sediada em Haia (Holanda), contra outro país signatário do Estatuto de Roma, que rege a atuação da instância.
Votaram a favor da resolução
Afeganistão
Alemanha
Austrália
Bélgica
Brasil
Chile
Coreia
Croácia
Equador
Eslováquia
Eslovênia
Espanha
Geórgia
Hungria
Islândia
Japão
México
Panamá
Peru
Reino Unido
Ruanda
Suíça
Ucrânia
Votaram contra
Burundi
China
Cuba
República Democrática do Congo
Egito
Paquistão
Venezuela
Abstenções
África do Sul
Angola
Arábia Saudita
Costa do Marfim
Emirados Árabes Unidos
Etiópia
Filipinas
Iraque
Quênia
Quirguistão
Mongólia
Nepal
Nigéria
Qatar
Senegal
Togo
Tunísia
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