Descrição de chapéu Governo Trump

Trump assina decreto para punir interferência estrangeira nas eleições

Ordem permite estabelecer sanções a países e entidades que espalharem desinformação

Washington | Reuters e AFP

O presidente Donald Trump assinou nesta quarta-feira (12) um decreto que permite estabelecer sanções a países e entidades estrangeiras que interferirem nas eleições americanas, anunciou o governo.

A ordem executiva cria um processo formal para impor sanções financeiras e bloqueios tanto contra aqueles que tentarem interferir nos sistemas de votação como contra quem espalhar desinformação através das redes sociais e internet, dois fenômenos atualmente investigados nos Estados Unidos.

Foto tirada no dia 2 de agosto mostra Dan Coats, chefe dos serviços de inteligência dos EUA
Foto tirada no dia 2 de agosto mostra Dan Coats, chefe dos serviços de inteligência dos EUA - Nicholas Kamm/AFP

"Nós estamos olhando para a frente, utilizando como base o que aconteceu em 2016 como um aviso (...) para que isso não aconteça de novo", indicou o chefe dos serviços de inteligência, Dan Coats.

O texto assinado pelo presidente americano aponta para qualquer país, pessoa ou entidade estrangeira que tenha incentivado ou organizado uma tentativa de influenciar o curso das eleições nos Estados Unidos.

Pelo decreto, as agências de inteligência poderão avaliar se houve interferência, levar essa informação para os departamentos de Justiça ou Segurança Nacional para, caso eles considerem necessário, serem aplicadas sanções automáticas.

Os serviços de inteligência terão 45 dias para fazer essa avaliação e depois haverá mais um prazo de 45 dias para que os dois departamentos do governo determinem se é necessário tomar alguma medida.

As sanções podem incluir o congelamento de ativos, restrições a transações de câmbio, limite do acesso ao financiamento de instituições americanas e proibição a cidadãos americanos de investirem em empresas envolvidas, afirmou o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton.

Ele disse que as sanções poderão ser impostas durante ou após a eleição.

O procurador especial Robert Mueller, nomeado no ano passado, investiga atualmente uma suposta interferência por parte da Rússia na campanha presidencial de 2016.

Coats e outras autoridades da inteligência disseram que desde o início de 2017 o presidente russo Vladimir Putin empregou um esforço coordenado por meio de pirataria informática e manipulação das redes sociais.

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