Estudante dos EUA está detida há uma semana em aeroporto de Israel por suposto apoio a boicote

Lara Alqasem, 22, cidadã americana com avós palestinos, está matriculada em universidade em Jerusalém

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A estudante americana Lara Alqasem, 22 - Arquivo de família/Associated Oress
Jerusalém

Uma estudante americana está detida há uma semana em um aeroporto em Israel sob acusação de ter apoiado o boicote contra o Estado judaico.

Lara Alqasem, 22, cidadã americana com avós palestinos, desembarcou no aeroporto Ben-Gurion na terça-feira da semana passada, com um visto de estudante válido. 

Mas ela foi impedida de entrar no país e teve ordem de deportação, devido a suspeitas de que ela apoia uma campanha pró-palestinos que pede sanções e boicotes contra Israel. 

Uma corte israelense determinou que ela deve permanecer sob custódia enquanto apela da decisão. 

Alqasem é ex-presidente da agremiação Estudantes pela Justiça na Palestina, da Universidade da Flórida, grupo que apoia o movimento de boicote.

No ano passado, Israel aprovou uma lei que bane do país qualquer estrangeiro que "professe publicamente o boicote a Israel". 

"Lara serviu como presidente do capítulo de uma dos mais extremistas e odiosos grupos pró-boicote nos EUA", afirmou o ministro de Assuntos Estratégicos, Gilad Erdan. "Israel não vai permitir a entrada daqueles que trabalham para prejudicar o país, qualquer que seja sua desculpa.". 

Nesta terça (9), Erdan expressou a possibilidade de um acordo, dizendo em uma rádio que poderia desistir de expulsá-la caso Alqasem peça desculpas e renuncie ao apoio ao boicote. 

O ministro disse que, sob a presidência de Alqasem, o grupo defendeu um boicote contra a marca israelense de hummus Sabra. 

Em sua defesa, Alqasem diz que nunca participou ativamente de campanhas e se comprometeu a não fazê-lo no futuro.

"Estamos falando de alguém que simplesmente quer estudar em Israel e que não está boicotando nada", disse eu advogado, Yotam Ben-Hillel. "Ela nem faz parte daquele grupo mais." 

Alqasem está registrada para estudar direitos humanos na Universidade Hebraica de Jerusalém, que apoiou a apelação da estudante. 

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