Ministro de cibersegurança do Japão diz que nunca usou um computador

Conhecido pelas gafes, Yoshitaka Sakurada também é responsável por cuidar da Olimpíada de 2020

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Tóquio | Associated Press e Reuters

O ministro japonês responsável por cuidar da cibersegurança do país disse em uma sessão do Parlamento nesta quarta-feira (14) que nunca usou um computador na vida.

As declarações de Yoshitaka Sakurada, 68, indicado ao cargo no mês passado, geraram críticas imediatas da oposição e da imprensa local.  

"Eu dou instruções para meus assessores então não uso o computador diretamente", afirmou ele ao ser questionado pelos parlamentares. "Eu nunca usei um computador!". 

O ministro Yoshitaka Sakurada (esq.) responde as questões do Parlamento nesta quarta-feira (14)
O ministro Yoshitaka Sakurada (esq.) responde as questões do Parlamento nesta quarta-feira (14) - 14.nov.18/Kyodo/Reuters

"Sou uma pessoa independente desde que tenho 25 anos e sempre orientei minha equipe e secretários a cuidar deste tipo de coisa", disse ele, que também é responsável pela organização do país para a Olimpíada de 2020, que será em Tóquio. 

Ele indicou ainda que não sabe o que são entradas USB, ao afirmar que elas "basicamente não são usadas", quando na realidade elas estão presentes na maioria dos computadores . 

Quando questionado como alguém sem conhecimentos de informática poderia estar encarregado da segurança cibernética, Sakurada disse que a política do setor é elaborada por um grande número de pessoas em seu escritório e no governo nacional e que estava confiante de que não haveria problemas. 

Os parlamentares responderam com risadas às afirmações de Sakurada, deputado desde 1996. 

Neste tipo de sessão, as questões são enviadas com antecedência aos ministérios e as autoridades em geral respondem com auxílio de resumos preparados por auxiliares. Sakurada, porém, aparentemente decidiu improvisar suas falas, enquanto assessores corriam para lhe entregar papéis com informações. 

O ministro é conhecido por cometer gafes e por diversas vezes reclamou que a oposição não tinha enviado questões com antecedência, mesmo quando isso não aconteceu. Durante entrevistas sobre a Olimpíada de 2020, ele também costuma responder as questões com "eu não sei".  

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