Em seu primeiro pronunciamento após as eleições legislativas, o presidente americano, Donald Trump, chamou o jornalista da CNN Jim Acosta de "rude" e "pessoa terrível" após perguntas sobre a caravana de imigrantes que se aproxima dos Estados Unidos.
Trump afirmou que considerava a chegada dos refugiados da América Central uma invasão, mas que eles poderiam entrar desde que seguissem um processo legal. Acosta o questionou sobre um vídeo divulgado na última semana pelo presidente, que pinta os imigrantes como criminosos e violentos, considerado racista e xenófobo pelos críticos.
O presidente disse que eram cenas reais, que as imagens não foram protagonizadas por atores de Hollywood. "Deixe que eu administre o país e você administra a CNN. Chega", disse, enquanto uma auxiliar tentava tirar o microfone do repórter.
Ele insistiu, tentando fazer perguntas sobre as investigações sobre a Rússia, e o presidente o acusou de ser "rude" e uma "pessoa terrível" e afirmou que ele não deveria trabalhar na CNN. Também disse que o jornalista trata a sua secretária de imprensa, Sarah Sanders, de forma "horrível". "Quando você publica fake news, o que a CNN faz muito, você se torna inimigo do povo."
Trump disse ainda ao jornalista da NBC Peter Alexander, que saiu em defesa de Acosta, que "também não era um grande fã" dele. "Você não é melhor", disse o mandatário. Acosta agradeceu o apoio do colega em uma rede social.
Já quando a repórter da American Urban Radio Networks April Ryan tentou dirigir uma pergunta a ele enquanto ele ainda respondia a um questionamento de outra pessoa, ele mandou que a mulher se sentasse. "Eu não te chamei. Me dê licença, eu não estou respondendo para você", disse. "É uma imprensa tão hostil, tão triste".
Também destilou sua fúria contra contra a repórter Yamiche Alcindor, da PBS NewsHour, classificando a sua pergunta sobre o apoio do partido republicano a nacionalistas brancos de "racista". A jornalista é negra. "Foi uma coisa muito terrível o que você disse", disse ele.
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