George Bush quase foi vítima de canibalismo de japoneses na Segunda Guerra

Décadas antes de se tornar presidente, republicano teve 8 colegas mortos, mas conseguiu escapar

George H. W. Bush em um caça durante a Segunda Guerra, em imagem sem data
George H. W. Bush em um caça durante a Segunda Guerra, em imagem sem data - George Bush Presidential Library and Museum/Reuters
São Paulo

Morto na sexta (30) ao 94 anos, George Bush governou os Estados Unidos de 1989 a 1993, mas quando tinha 20 anos por pouco escapou de um destino menos nobre: servir de alimento para tropas japonesas. 

Em setembro de 1944, ele fazia parte de uma equipe da Marinha dos EUA que realizava um bombardeio na ilha de Chichi Jima, a 1.100 quilômetros de Tóquio.  

Durante a operação, as aeronaves  onde ele e outros oito colegas estavam  acabaram atingidas. Apesar do veículo avariado, Bush continuou voando para longe da ilha e com isso conseguiu escapar dos inimigos até ser resgatado por um submarino americano no Pacífico.  

O restante da tripulação, porém, não teve a mesma sorte  e todos foram capturados —eles pularam de paraquedas assim que os aviões foram danificados, quando estavam próximos da ilha.

 
O momento que George Bush (no bote à direita) é resgatado por um submarino americano
O momento que George Bush (no bote à direita) é resgatado por um submarino americano - George Bush Presidential Library and Museum/Reuters

Os oito americanos foram  então torturados e mortos pelos japoneses, que decidiram praticar canibalismo contra quatro dos prisioneiros. 

O fígado e pedaços de músculo das vítimas foram preparados no forno e depois servidos para as tropas, inclusive para comandantes militares, que acreditavam que a carne humana faria bem para o estômago., segundo o jornal britânico The Telegraph. 

A história foi contada no livro “Flyboys: A True Story of Courage” (ed. Little, Brown and Company, 2006, 592. págs,  a partir de US$ 11 ou R$ 42 na Amazon, sem tradução em português), do americano James Bradley.  

Os japoneses envolvidos na ação foram condenados por crimes contra a humanidade e executados após o fim da guerra. Mas, para preservar os familiares dos militares,  os arquivos do caso foram mantidos em segredo por seis décadas, até serem descobertos por Bradley. 

 
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