O ataque a duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, em que um supremacista branco matou 51 pessoas em março, vai virar filme. O produtor egípcio Moez Masud anunciou nesta quarta-feira (15) que levará a história ao cinema.
O filme se chamará "Hello brother" (olá, irmão) —frase dita por um idoso afegão ao terrorista quando o recebeu na mesquita de Noor, antes de ser morto— e contará a história de uma família de refugiados que foge do Afeganistão para encontrar refúgio na Nova Zelândia, onde é vítima do massacre.
"Em 15 de março, em Christchurch, o mundo inteiro testemunhou um crime contra a humanidade", disse Masud à revista Variety, em Cannes, durante o festival de cinema que começou na cidade francesa na terça.
"Hello brother" é "apenas uma etapa do processo de cura para que um dia possamos nos entender melhor e entender as causas profundas do ódio, do racismo, do supremacismo e do terrorismo", disse ele.
O massacre foi transmitido ao vivo durante 17 minutos pelo atirador na internet, que publicou um manifesto após o ataque, no qual chamou imigrantes de "invasores".
A Associação Muçulmana de Canterbury, região onde fica Christchurch, reagiu ao anúncio sobre o filme pedindo, no Facebook, respeito à dignidade e privacidade da comunidade.
Masud também é produtor de "Clash", sobre a queda do presidente egípcio islamita Mohamed Mursi em 2013.
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