O presidente americano, Donald Trump, declarou no sábado (18) ser "decididamente pró-vida", embora favorável a exceções para a interrupção da gravidez em casos de estupro ou incesto. A declaração foi feita após diversos estados dos EUA aprovarem duas restrições ao aborto.
O presidente se posicionou sobre a questão do aborto, que deverá ser uma das questões cruciais da eleição no próximo ano, dias após a governadora do Alabama assinar a lei anti-aborto mais dura dos Estados Unidos, proibindo-o quase completamente, mesmo em casos de estupro ou incesto.
"Como a maioria das pessoas sabe, e para aqueles que querem saber, sou decididamente pró-vida, com três exceções —estupro, incesto e para proteger a vida da mãe", afirmou Trump em uma rede social.
O bilionário duas vezes divorciado ganhou votos evangélicos durante sua campanha de 2016 com a promessa de nomear juízes anti-aborto na Suprema Corte.
Desde então, levou dois juízes conservadores à Corte —Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh— mudando o equilíbrio do corpo de nove juízes.
Agora, muitos conservadores americanos estão esperançosos de que a Corte anule a decisão histórica de 1973 de legalizar o aborto nos Estados Unidos.
Além do Alabama, o Missouri tornou o aborto ilegal a partir da oitava semana de gravidez.
Geórgia, Ohio, Mississippi, Kentucky, Iowa e Dakota do Norte aprovaram leis para proibir o aborto desde o momento em que um batimento cardíaco fetal é detectado.
Espera-se que essas proibições sejam bloqueadas nos tribunais, mas aqueles que as defendem querem apelar até que esse tipo de decisão chegue à Suprema Corte.
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