Ao menos cinco jornalistas foram agredidos nesta semana durante um protesto em Assunção.
Na terça (23), durante ato de taxistas que pediam a regulamentação de dois aplicativos de transporte particular —o MUV, paraguaio, e o Uber—, a polícia disparou balas de borracha e atingiu Fernando Riveros, fotógrafo do grupo de jornais Nación, e Jorge Escurra, da TV C9N. Eles cobriam o protesto.
Fernando Riveros foi atingido 12 vezes na perna, e Escurra no rosto e em um dos braços.
Angélica Giménez, da produtora audiovisual GEN, e Sergio Daniel Riveros, do jornal Ultima Hora, também foram feridos no tumulto, de acordo com um comunicado do Fórum Paraguaio de Jornalistas, grupo local que advoga pela liberdade de imprensa.
Giménez caiu durante os confrontos e foi golpeada na cabeça, segundo contou à rádio HOY. Ela também afirmou que a polícia a socorreu e a ajudou a obter assistência médica. Já Daniel Riveros foi atingido com uma garrafada nas costelas.
Outra repórter, Dalma Benítez, da Rádio Urbana 106,9 FM, relatou ser apalpada e assediada por um taxista no momento em que fazia uma transmissão ao vivo.
"Eu estava transmitindo ao vivo e entrei em choque. Continuei chorando enquanto fazia outras reportagens", disse. Ela acrescentou que outros manifestantes disseram que ela não tinha o que precisa para ser jornalista.
Benítez apresentou uma queixa após o incidente, e o Ministério Público abriu investigação e convocou o suspeito para uma entrevista.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês), organização que luta pela liberdade de imprensa, pediu nesta sexta (26) mais proteção para os repórteres que cobrem manifestações, afirmando que as autoridades paraguaias têm o dever de investigar profundamente os episódios de violência desta semana.
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