Um campo de treinamento militar na cidade de Marib, no norte do Iêmen, foi atacado por rebeldes houthis alinhados ao Irã na noite de sábado (18), deixando 60 soldados mortos e dezenas de outros feridos, segundo informou a televisão estatal saudita. À Reuters, fontes disseram que foram mais de 70 vítimas, além de dezenas de feridos.
De acordo com fontes citadas pela emissora de televisão Al Ekhbariya, o ataque foi realizado com mísseis balísticos e drones, e mirou uma mesquita localizada no campo militar.
Na manhã deste domingo (19), o presidente iemenita pediu que os militares estejam alertas e de prontidão para combate.
"O ataque confirma, sem dúvidas, que os houthis não têm interesse na paz", disse Abd-Rabbu Mansour Hadi, em nota publicada na agência estatal de notícias SABA.
O Iêmen tem sido palco de uma guerra por procuração entre o Irã e uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, que interveio em 2015 para restaurar o governo de Hadi. A sede do governo está hoje em Aden, cidade portuária no sul do país, depois da deposição do presidente pelos houthis.
Os rebeldes, que têm controle sobre a maioria dos grandes centros urbanos do Iêmen, incluindo a capital Sanaá, negam ser marionetes do Irã e dizem estar lutando contra um sistema corrupto. O grupo ainda não assumiu a autoria dos ataques de sábado.
Desde 2015, o conflito deixou dezenas de milhares de mortos, em sua maioria civis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quase 3,3 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar suas cidades, e 24,1 milhões, o que representa mais de dois terços da população, precisam de assistência, de acordo com a ONU, que denuncia a pior crise humanitária no mundo.
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