Número de mortos em maior massacre na história do Canadá sobe para 23

Ataque durou 13 horas, e atirador passou por 16 lugares diferentes segundo a polícia

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Reuters

O número de mortos no maior ataque a tiros da história do Canadá subiu de 18 para 23, informou a polícia local nesta terça-feira (21).

As autoridades afirmaram que o número de mortos ainda deve aumentar, já que seguem as buscas por outras vítimas do massacre. O homem identificado como atirador, Gabriel Wortman, 51, foi morto.

O caso aconteceu na província da Nova Escócia, na costa leste do país.

Memorial feito na cidade de Debert, na Nova Escócia, para homenagear os mortos no ataque
Memorial feito na cidade de Debert, na Nova Escócia, para homenagear os mortos no ataque - Tim Krochak - 20.abr.20/Getty Images/AFP

Segundo as autoridades, Wortman se vestiu como policial e alterou seu carro para que o veículo ficasse parecido com os da Polícia Real Montada do Canadá.

O ataque começou ainda no noite de sábado (18), quando ele fez disparos em uma casa na pequena cidade costeira de Portapique, cerca de 130 km ao norte da capital da província, Halifax.

A polícia foi informada do caso ainda na noite de sábado, mas o atirador continuou em ação por diversas cidades da região por cerca de 13 horas. Ele acabou sendo morto pelos policiais na tarde de domingo.

A polícia informou que investiga 16 locais diferentes nos quais Wortman teria realizado disparos durante esse período.

Ataques a tiro em massa são relativamente raros no Canadá, que tem leis mais rígidas de controle de armas do que os Estados Unidos.

"A tragédia nunca deveria ter ocorrido. Nunca houve lugar para a violência em nosso país", afirmou o premiê Justin Trudeau na segunda (20), ao confirmar que 18 pessoas tinham sido mortas no ataque.

O massacre é o pior da história do Canadá. Até então, o caso mais grave tinha ocorrido em dezembro de 1989, quando um homem armado matou 15 pessoas em Montreal.

Em 2018, um homem que dirigia uma van matou deliberadamente dez pessoas em Toronto.

O ataque deste domingo aconteceu em meio à pandemia do coronavírus, que matou mais de 1.600 pessoas no país.

Um agente da polícia canadense afirmou no domingo que pode existir uma ligação do episódio com a pandemia, que forçou o fechamento de diversos pequenos negócios —o atirador administrava uma clínica de dentaduras na região.

Na segunda, as autoridades afirmaram que as motivações do crime ainda não estão claras, mas que não há nenhum indício de que o caso tenha ligação com terrorismo.

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