Robert Trump, irmão de Donald Trump, morre aos 71 nos EUA

Caçula da família atuava como porta-voz não oficial; causa da morte não foi divulgada

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São Paulo

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na noite deste sábado (15) a morte de seu irmão mais novo, Robert Trump, 71. A causa não foi divulgada.

"É com pesar que compartilho que meu incrível irmão Robert morreu pacificamente hoje à noite. Ele não era apenas meu irmão, era meu melhor amigo", afirmou o líder americano, em um comunicado.

"Ele fará muita falta, mas nos encontramenos novamente. Sua memória viverá em meu coração para sempre. Robert, eu te amo. Descanse em paz."

Robert Trump abraça seu irmão, recém-eleito presidente dos EUA, em 2016
Robert Trump abraça seu irmão, recém-eleito presidente dos EUA, em 2016 - Chip Somodevilla - 9.nov.16/Getty Images/AFP

Trump havia visitado Robert na sexta (14), no NewYork-Presbyterian Hospital, segundo o New York Times. Ele estava gravemente doente havia meses, tendo sido hospitalizado em junho, e seu estado de saúde piorou recentemente.

"Tenho um irmão incrível", disse o presidente na sexta, durante entrevista coletiva na Casa Branca. "Tivemos uma grande relação por muito tempo, desde o dia 1, muito tempo atrás."

Casado com a socialite nova-iorquina Blaine Trump, Robert era mais aceito nos círculos sociais do que Trump jamais foi, segundo Michael D'Antonio, biógrafo do presidente americano, ao New York Times.

Robert Trump e sua mulher, Blaine, em baile de gala do Teatro Americano de Balé, em 2005
Robert Trump e sua mulher, Blaine, em baile de gala do Teatro Americano de Balé, em 2005 - Desiree Navarro - 23.mai.2005/Getty Images/AFP

Caçula da rígida família do patriarca Fred Trump, Robert foi protegido da pressão exercida sobre os irmãos. Mesmo que seu nome não fosse cogitado para assumir o comando da empresa familiar, ele trabalhou lealmente para a companhia após o hoje presidente dos EUA ascender à liderança da firma.

Robert foi vice-presidente executivo da Organização Trump e supervisionava cassinos da empresa em Atlantic City, no estado de Nova Jersey. De acordo com Gwenda Blair, também biógrafa da família, os funcionários da empresa se referiam a ele como o "Trump legal", segundo publicou o New York Times.

Após um briga em 1990 com o irmão mais velho, no entanto, na época da abertura do cassino Taj Mahal, ele parou de se reportar diretamente a Donald Trump.

Depois do episódio, ele foi deixado de lado nas funções da empresa. Ainda assim, Robert se manteve leal à família, atuando como um porta-voz e conselheiro não oficial.

Recentemente, tentou impedir a publicação do livro da sobrinha Mary Trump, alegando que a autora assinou acordo de confidencialidade para acertar a litigiosa partilha de bens após a morte de Fred Trump.

Na obra, a filha de Fred Trump Jr., morto em 1981, descreve o presidente dos EUA imerso em traumas e mentiras. O livro traz ainda depoimentos de parentes e documentos, como declarações de renda.

Foi Robert também quem liderou a resposta da família no processo movido, em 1999, por Mary e seu irmão, Fred Trump 3º, para acertar a divisão da herança depois da morte do patriarca.

Com Reuters e The New York Times

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