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Trump é vaiado por apoiadores após defender vacina em comício no Alabama

Ex-presidente americano diz acreditar em liberdades, mas incentiva imunização contra Covid

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São Paulo

O ex-presidente dos EUA Donald Trump foi vaiado em um comício no Alabama após incentivar que as pessoas tomem a vacina contra a Covid-19. O estado detém a menor taxa de vacinados do país, com apenas 36% da população totalmente imunizada —bem menos que os 52,1% da média nacional.

No evento, que ocorreu no sábado (21), na cidade de Cullman, Trump afirmou a apoiadores acreditar nas liberdades individuais, mas recomendou a vacinação. “Eu tomei. É bom. Tomem as vacinas”, disse, diante de um grupo que, em sua maioria, não usava máscaras de proteção.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump durante comício em Cullman, no Alabama
O ex-presidente dos EUA Donald Trump durante comício em Cullman, no Alabama - Marvin Gentry - 21.ago.21/Reuters

Após ser vaiado por uma parte da plateia, ele afirmou: “Não, tudo bem. Está tudo bem. Vocês têm suas liberdades. Mas eu acabei tomando a vacina. Se não funcionar, vocês serão os primeiros a saber. Ok?”.

Depois, completou: “[A vacina] está funcionando. Mas vocês têm suas liberdades para manter”.

Ao citar as liberdades individuais, Trump faz eco à retórica mais frequente entre os republicanos, que são contrários à obrigatoriedade de tomar vacina ou usar máscaras, mesmo em meio a uma crise sanitária.

Autoridades de saúde dos EUA chamam a atual fase da contaminação, na qual quase todas as internações e mortes pela doença são de pessoas não imunizadas, de “pandemia dos não vacinados”.

Com o baixo índice de vacinados, o Alabama enfrenta um alto número de hospitalizações por Covid, com falta de vagas nas UTIs. Segundo dados do início de agosto da associação de hospitais e da secretaria de Saúde do estado, 94% dos internados e 96% dos mortos por Covid são pacientes que não se vacinaram.

Para tentar impulsionar a campanha de imunização, diversos estados, municípios e o governo federal lançaram uma série de estímulos, com prêmios, brindes e até o pagamento de US$ 100 para quem tomasse a vacina. Até agora, porém, as medidas ainda não geraram mudança significativa nas cifras.

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