Europeus planejam multa de até R$ 48 mil para quem não usar máscaras ou não se vacinar

Medidas foram anunciadas por Inglaterra, Áustria e Grécia, em meio a restrições para deter expansão da covid

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Bruxelas

Pressionados para controlar a disseminação da Covid e da nova variante ômicron, governos europeus começaram a recorrer a multas altas para dobrar a resistência dos que se recusam a seguir as restrições.

Na Inglaterra, que tornou obrigatório o uso de máscaras no transporte público e em locais fechados —como lojas, bancos, correios, shopping centers, cabeleireiros, farmácias e consultórios—, a multa por desrespeito à regra começa em 200 libras (R$ 1.500) e pode chegar a 6.400 libras (R$ 47,8 mil).

Pessoas usam máscaras em ônibus na cidade de Liverpool, no noroeste da Inglaterra
Pessoas usam máscaras em ônibus na cidade de Liverpool, no noroeste da Inglaterra - Paul Ellis - 30.nov.21/AFP

A obrigatoriedade passou a valer às 4h desta terça-feira (30), para todos a partir dos 12 anos de idade, a não ser que haja motivos médicos ou profissionais que impeçam o uso da máscara. A proteção não é compulsória em bares, restaurantes e hotéis.

Segundo o premiê britânico, Boris Johnson, que tem defendido o menor grau possível de restrições, as medidas são necessárias para "ganhar tempo" até que os cientistas descubram se a nova variante é mais perigosa que as anteriores. "Se descobrirmos que essa variante não é mais perigosa do que a delta, então não manteremos as medidas em vigor por um dia a mais do que o necessário", afirmou Sajid Javid, secretário de Saúde do Reino Unido —o equivalente a ministro.

Na Áustria, que pretende tomar a vacinação obrigatória a partir de fevereiro, a multa para quem não tomar o imunizante pode chegar a 7.200 euros (R$ 46 mil). Antes mesmo do sequenciamento da ômicron, o país havia decretado confinamento no dia 22 de novembro, para conter o crescimento no contágio da Covid, o aumento de internações hospitalares e a superlotação de UTIs.

O país tem tido dificuldades para ampliar a porcentagem de residentes vacinados, estacionada em cerca de 65%, considerada insuficiente para barrar a transmissão do patógeno. Manifestantes contra a imunização têm feito protestos frequentes. Segundo a imprensa local, o projeto que torna obrigatória a vacinação a todos, a não ser por impossibilidade médica, será apresentado na próxima semana.

O governo grego anunciou nesta terça que todos os residentes com 60 anos ou mais devem se vacinar completamente. Os que não marcarem a primeira dose até 16 de janeiro estarão sujeitos a multas de 100 euros mensais (R$ 635).

Segundo as autoridades de saúde da Grécia, há meio milhão de idosos no país que ainda não tomou nenhuma dose. O governo diz que, por serem mais suscetíveis às doenças graves, os que se recusarem a se proteger deverão ajudar a custear o sistema de saúde, para onde irá o dinheiro das multas.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.