Descrição de chapéu terrorismo

EUA dizem ter matado chefe do Estado Islâmico na Síria em ataque de drone

Maher al-Agal era um dos cinco líderes mais importante da facção terrorista

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Washington | AFP e Reuters

O chefe do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria foi morto nesta terça-feira (12) em um ataque de drone comandado pelos Estados Unidos, informou o Departamento de Defesa americano.

Maher al-Agal, considerado um dos cinco líderes mais importantes do EI, foi morto enquanto andava de motocicleta perto de Jindayris, no noroeste do país. Um de seus principais assessores também foi atingido na ação e ficou gravemente ferido, segundo informou o porta-voz do Comando Central do Departamento de Defesa, tenente-coronel Dave Eastburn.

Sírio caminha ao lado de local onde ataque de drone dos EUA matou Maher al-Agal, líder do Estado Islâmico no país - Abkr Alkasem - 12.jul.22/AFP

A ação de um drone contra uma motocicleta já havia sido reportada mais cedo por uma organização humanitária que atua em áreas sírias controladas pela oposição ao regime de Bashar al-Assad.

"Um planejamento extensivo foi feito para esta operação, de forma a garantir sua execução bem-sucedida. A revisão indica que não houve vítimas civis", acrescentou o comunicado, dizendo ainda que o EI continua a representar uma ameaça para os EUA e seus aliados na região.

Segundo os americanos, Al-Agal era responsável pelo desenvolvimento de redes do grupo terrorista fora do Iraque e da Síria.

Os EUA mantêm cerca de 900 soldados na Síria, principalmente no leste do país, duramente afetado por uma guerra civil que já dura mais de uma década. O governo do presidente Joe Biden ainda não detalhou seu plano de longo prazo para a missão, na região há oito anos.

Analistas afirmam que o assassinato de Al-Agal pode representar outro golpe para os esforços do grupo terrorista para se reorganizar como uma força de guerrilha depois de perder grandes extensões de território. Em fevereiro, o principal líder do EI se suicidou durante um ataque militar dos EUA na Síria, numa cidade próxima à fronteira com a Turquia.

Segundo funcionários do governo americano, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Quraishi teria acionado uma bomba e morrido com familiares ainda no início da operação militar de Washington. Na ocasião, Biden fez um pronunciamento para congratular a ação de contraterrorismo, atribuindo o resultado "à habilidade e à bravura" das Forças Armadas dos EUA.

No auge de seu poder, entre 2014 e 2017, o Estado Islâmico governou milhões de pessoas e reivindicou a responsabilidade ou inspirou ataques em dezenas de cidades ao redor do mundo.

Seu líder de então, Abu Bakr al-Baghdadi, declarou um califado sobre um quarto do território do Iraque e da Síria em 2014. Ele foi morto em um ataque de forças especiais dos EUA em 2019, momento a partir do qual o grupo terrorista entrou em colapso.

A coalizão liderada pelos americanos que combate o EI disse em meados de 2019, após a derrota do grupo no campo de batalha, que ele mantinha ativos de 14 mil a 18 mil membros, incluindo 3.000 estrangeiros, embora não se tenha certeza dos números precisos.

Analistas afirmam que muitos combatentes locais podem ter voltado à vida normal, prontos para reaparecer quando surgir uma oportunidade.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.