Descrição de chapéu Coreia do Norte

EUA e Coreia do Sul aumentam pressão contra Norte com mais exercícios militares

Ação com porta-aviões americano é resposta a série de disparos de mísseis por Pyongyang

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Seul | Reuters

A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram exercícios marítimos conjuntos, com a presença de um porta-aviões americano, nesta sexta-feira (7), informaram militares de Seul —as atividades, que ocorrem nas águas da costa leste do país, se estenderão pelo fim de semana.

A demonstração conjunta de força é uma resposta à Coreia do Norte, que disparou na quinta (6) mísseis balísticos em direção ao mar e depois voou com caças perto da fronteira com o Sul. Pyongyang já havia lançado um míssil do mesmo tipo no início da semana, que sobrevoou o Japão antes de cair no mar, fazendo com que o governo pedisse a parte da população que buscasse abrigo, pela primeira vez desde 2017.

Homem vê reportagem de TV sobre lançamento de mísseis da Coreia do Norte, em uma estação de trem de Seul - Kim Hong-Ji - 4.out.22/Reuters

"Continuaremos a fortalecer nossas capacidades operacionais de prontidão para responder a quaisquer provocações da Coreia do Norte por meio de exercícios conjuntos com o USS Ronald Reagan", disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, referindo-se ao porta-aviões americano e seu conjunto de ataque de navios de guerra. O grupo de ataque dos EUA já havia participado de exercícios de defesa antimísseis na região nesta semana.

Autoridades de defesa de Tóquio, Seul e Washington discutiram os movimentos mais recentes em uma ligação nesta sexta. Os países concordaram que seus testes conjuntos melhoram a capacidade de responder à Coreia do Norte e condenaram novamente as provocações de Pyongyang.

Em uma reunião com o ministro da Defesa sul-coreano, Lee Jong-sup, o almirante John Aquilino, chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, afirmou que as provocações da Coreia do Norte ameaçam seriamente a segurança da região.

Lee também teve uma reunião com o alto escalão para avaliar o sistema de defesa de Seul, projetado para combater as ameaças militares do vizinho. "Ele enfatizou a necessidade de entregar uma mensagem clara de que o desenvolvimento nuclear e de mísseis apenas criará uma situação mais difícil para a Coreia do Norte", disse o Ministério da Defesa americano, em comunicado.

O raro exercício de bombardeio de pelo menos oito caças norte-coreanos e quatro bombardeiros na quinta levou Seul a mobilizar 30 caças. Na quinta, Pyongyang condenou os EUA por reposicionarem seu porta-aviões perto da península coreana, dizendo que isso representava uma séria ameaça à estabilidade.

No comunicado, a chancelaria da Coreia do Norte também criticou Washington por convocar uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre os lançamentos, dizendo que eles eram uma "justa contramedida" aos exercícios conjuntos EUA-Coreia do Sul.

Na manhã deste sábado (8), ainda noite de sexta no Brasil, o país reforçou o argumento de que seus testes são "medidas normais e planejadas de autodefesa para proteger o país e a paz regional de ameaças diretas dos EUA", dizendo ainda que eles não colocaram em risco a aviação civil ou a segurança de países vizinhos.

Pyongyang está proibida de realizar testes nucleares e lançamentos de mísseis balísticos pelo órgão das Nações Unidas, que reforçou as sanções para tentar cortar o financiamento desses programas —o que de resto não dissuadiu a ditadura, a ponto de se especular que o país prepare um teste nuclear para as próximas semanas.

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